Prestes a completar 50 anos de atividades ininterruptas no Porto de Santos, a Itamaraty Logística, do Grupo Itamaraty, passa por uma momento positivo de mudanças estruturais e investimentos. A empresa está com uma nova sede na Rua João Pessoa, 541, no Paquetá, em Santos, e, por meio da Locapas, braço do Grupo para locação de equipamentos para embarque e descarga de granéis sólidos da companhia, está investindo na compra de quatro novas pás-carregadeiras para ampliar as atividades nos terminais de grãos do Porto de Santos.
“A nova sede celebra estes 50 anos de empresa e, principalmente, a ampliação das nossas atividades. Foi essencial para a unificar as operações da empresa mantendo, no mesmo lugar, a parte administrativa, pátio, garagem e oficina, tudo com uma localização estratégica, ao lado da área portuária”, afirma Adelmo Guassaloca, fundador e diretor da empresa. Além disso, proporciona atendimento 24 horas e um exclusivo pátio-oficina com aproximadamente 2.500 m² e tanque próprio para reabastecimento de óleo diesel.
O ambiente propício para negócios estimulou o Grupo Itamaraty a fazer, também, novos investimentos em equipamentos. “Mesmo que a economia esteja instável, o setor de commodities é dinâmico e apresenta oportunidades”, destaca Adelmo Guassaloca. Ele cita o caso da soja: “Antes era muito sazonal, com a movimentação focada nos grãos. Hoje a programação de armazenamento e embarques é mais constante ao longo do ano. Quando não é grão, é o farelo, por exemplo”.
Investimento - Para atender às demandas crescente, já adquiriu para a Locapas quatro novas pás-carregadeiras da Hyundai, ampliando a frota da empresa para 26 equipamentos do gênero. O objetivo é comprar mais seis unidades até o final de 2016, perfazendo um investimento total de R$ 4,5 milhões. Todos os equipamentos estão em atendimento as especificações da NR-29, norma que regulamenta a segurança e saúde no trabalho portuário.
Adelmo Guassaloca Júnior, outro diretor da empresa, destaca, ainda, o cenário promissor apresentado pelo milho no País. “O Brasil sempre foi um país importador desse commoditie e hoje nós temos uma safra bastante significativa: nos tornamos exportadores. É um movimento que permanecerá forte até o final do ano, como temos visto no Porto de Santos. Um cliente nosso que tradicionalmente opera com açúcar no complexo santista, por exemplo, está embarcando milho”, explica.
Sobre o futuro do Porto de Santos, ele prevê: “O segmento de commodities tende a manter a sua força, mesmo com a retração da China. Novos mercados se apresentam e cabe ao País aproveitar as oportunidades. O setor de contêineres passa por um período de ajustes, principalmente pelas recentes operações da Embraport e BTP, mas, em dois ou três anos, como tenho sentido no mercado, vai voltar ao ritmo normal de grande crescimento”, conclui Adelmo Filho.