Promovido pela SC Par Porto de Imbituba, o sobrevoo de monitoramento do período reprodutivo das baleias-francas, realizado no dia 3 de agosto último registrou a presença de 48 animais, entre mães e filhotes, no mar de Santa Catarina. O sobrevoo faz parte do Programa de Monitoramento das Baleias Francas no Porto de Imbituba e adjacências e tem por objetivo determinar a ocorrência e distribuição das baleias-francas no Sul do Brasil.
A equipe de pesquisadores do Projeto Baleia Franca percorreu uma área de 200 km, entre Passo de Torres e o sul de Florianópolis. As baleias desta espécie são esperadas todos os anos durante o período reprodutivo que vai de junho a novembro. As ilustres visitantes vêm em busca de águas quentes e tranquilas para o nascimento e amamentação dos filhotes. Neste primeiro voo, foram vistas algumas baleias que já foram catalogadas pelo projeto Baleia Franca em anos anteriores: “Elas costumam retornar sempre ao mesmo local para terem os filhotes. Todos os animais que passam por aqui são catalogados por meio de fotografia das calosidades que têm em cima da cabeça, que são únicas para cada animal, como se fosse uma digital. Com isso, podemos saber se elas retornam”, explica Karina Groch, pesquisadora do projeto. Uma baleia-franca pode viver até 80 anos.
A maior concentração de animais acontece nas praias de Itapirubá Norte e Ribanceira, em Imbituba, além da praia da Gamboa, em Garopaba. Durante a temporada das baleias, serão realizados ainda mais dois sobrevoos, o principal deles, marcado para setembro.
O gerente de Meio Ambiente do Porto de Imbituba, Robson Busnardo, entende que, apesar do porto não estar localizado dentro da Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca (APA da Baleia Franca), a atividade portuária influencia na área de proteção: “Com o objetivo de estar em harmonia com as questões ambientais, buscamos promover ações que possam garantir o desenvolvimento de pesquisas e preservação do meio ambiente em que estamos inseridos e este monitoramento é um investimento importante que o porto realiza nesse sentido”- afirma.
Texto: Caroline L. Borges com informações do Projeto Baleia Franca
Foto: Carolina Bezamat