Sexta, 22 Novembro 2024

A Marinha do Brasil é a anfitriã da 47ª edição da Operação Unitas-05. O grupo-tarefa brasileiro, sob a responsabilidade do comandante da 2ª Divisão da Esquadra, contra-almirante Carlos Augusto de Sousa, será composto pelas fragatas Independência, Rademaker e Liberal, corveta Jaceguai e submarino Tapajó. Uma jornalista do PortoGente está acompanhando a operação, a bordo de um dos navios da Marinha do Brasil.

Integrando a Força-Tarefa Multinacional 138 estão a Marinha da Argentina que participa com o contratorpedeiro Almirante Brown, corveta Robinson e submarino Santa Cruz; a da Espanha com a fragata Santa Maria e com o navio-tanque Marqués De La Enseñada; a Marinha dos Estados Unidos com o contratorpedeiro Ross e com a fragata Samuel B. Roberts; e a do Uruguai com o navio de apoio logístico General Artigas.

Um oficial chileno irá como observador do treinamento. Participam da Operação Unitas, 2.400 homens e uma metereologista. Durante 10 dias, estão previstos mais de 70 exercícios operativos, de comunicações e de apoio logístico entre as diversas marinhas. As atividades vão acontecer na área marítima compreendida entre o Rio de Janeiro e o Paraná numa distância de até 200 milhas (cerca de 400 km) da costa. A chegada está prevista para a tarde do domingo, dia 30 de outubro.

Um dia antes do embarque, cerca de 120 comandantes de navios, oficiais e comandantes dos grupos-tarefa se reuniram no Centro de Adestramento Almirante Marques de Leão, o Camaleão, na Base Naval do Rio de Janeiro para conhecer a programação dos exercícios a serem desenvolvidos.

Segundo o Chefe do Estado-Maior do Comando da 2ª Divisão de Esquadra, capitão-de-fragata Carlos Frederico Carneiro Primo, o objetivo da Operação é simular situações que possam ocorrer no mundo real. "Teremos uma série de exercícios que vão desde os mais simples como o de manobras de navios até exercícios mais complexos envolvendo tiros reais. Usaremos armamento anti-superfície, tiros de canhão contra alvos aéreos, exercícios de confronto entre submarinos, e outros".

Ele explica ainda que a cada ano o grau de dificuldade aumenta. Por exemplo, nos últimos dois dias serão realizados exercícios de gerenciamento de crise. "Uma força terá uma determinada tarefa e baseada nesta situação é criada uma série de eventos para testar a interoperabilidade, ou seja, se os navios, mesmo de nacionalidades diferentes, têm a capacidade de operar em conjunto". Outra idéia é estreitar os laços entre os países por meio do conhecimento entre as pessoas.

A idéia do exercício não é testar o poder de combate nem de simular uma guerra, e sim, simular situações onde os comandantes dos navios e das forças sejam obrigados a estudar a aplicabilidade dos tratados e do Direito Internacional e quais envolvimentos destas normas no cumprimento da missão. "É justamente um exercício de pensamento e não de confronto", finaliza Primo.

O contra-almirante Carlos Augusto de Sousa ao final da sua apresentação desejou “bons ventos e mares tranqüilos na nossa jornada".

Na semana que vem, traremos as primeiras reportagens sobre a rotina do navio e a vida em alto-mar e, claro, detalhes de toda a Operação. Até lá.

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