A complexa atividade do porto começa no setor de atracação da Autoridade Portuária. Assim que o navio chega no cais, os atracadores e os amarradores já estão a sua espera. Os ofícios desses trabalhadores portuários são indispensáveis. O setor trabalha 24 horas e para atender a demanda de movimentação de atracação e desatracação no porto, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (CODESP) conta com pessoal terceirizado, além de seus próprios amarradores. A atracação possui as seções de programação e execução. A primeira faz o controle de todos os navios que chegam e partem do cais, levantamento e fechamento dos custos, controle de ponto dos trabalhadores e a transcrição, para um livro, de um documento chamado RAP-Requisição de Atracação e Prioridade, do comandante do navio. Esses funcionários reúnem todas as informações que são remetidas aos departamentos competentes da Autoridade Portuária. Já a segunda, abrange os atracadores que se comunicam diretamente com a Capitania dos Portos, navios e com a Praticagem, via rádio. Eles também fazem a escalação dos amarradores, por embarcação. O trabalho dessa equipe depende da programação emitida pela primeira turma. O programa que é emitido ainda a todos os interessados, nas reuniões diárias de pedido de atracação de navio, que acontecem na Codesp, apresenta os dados sobre o berço onde o navio vai atracar e tamanho da embarcação. Com essas informações, os atracadores enviam ao setor de execução, a chamada folha de escala dos amarradores. O número de amarradores escalados corresponde ao tamanho da embarcação. Por exemplo, um navio de 180 metros exige oito amarradores. O atracador deve conhecer totalmente o expediente do amarrador, falar inglês e ter noções de segurança. O amarrador é o trabalhador portuário que faz a amarração do navio, no cais. Ele aguarda o tripulante jogar as cordas que serão amarradas nos cabeços. O interessante é que a ponta da corda possui uma outra mais fina chamada retinília que facilita ao tripulante o arremesso e ao trabalhador portuário puxar a corda toda, uma vez que a amarra mais grossa é pesada. O amarrador trabalha com vínculo empregatício, mas precisa ser credenciado ao OGMO para atuar na faixa do cais. Trabalha com capacete, luvas, botas e coletes salva-vidas. Precisa ter conhecimento de amarração para executar a tarefa, pois é comum a amarração das cordas de dois navios num mesmo cabeço. É preciso saber encapelar as cordas para soltar um navio só. |
A complexa atividade portuária começa com os atracadores de navio
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