Com a alta de empresas procurando se adequar ao ESG e consumidores cada vez mais conscientes de seu papel, a logística reversa vem ganhando espaço no país. Segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), divulgados no ano passado, o volume de materiais reciclados por meio da logística reversa aumentou 10,4%.
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Para Vitor Dalcin, CEO da Ambiental Santos, única recicladora de óleo vegetal "aterro zero" e com estação de efluentes própria, o aumento da logística reversa em outras áreas atesta a qualidade do programa de reciclagem que o óleo vegetal já vem desempenhando há muito tempo:
"Quando reciclamos óleo, estamos fazendo logística reversa e ainda colaborando com a indústria e o meio ambiente. No nosso caso, temos centenas de pontos de coleta onde as pessoas podem deixar seu óleo e ainda recolhemos em estabelecimentos com volumes superiores a 50 litros."
Vitor destaca que o Brasil faz parte do Plano Nacional sobre Mudança do Clima e precisa cumprir acordos e metas até 2034 para não sofrer sanções, até mesmo econômicas, internacionais:
"O país precisa fazer um acordo entre governo e sociedade. Quando a logística reversa não funciona, todos pagamos, e é importante salientar que o plano deve ser completo. Por exemplo, o que fazer com a garrafa usada para armazenar o óleo? E a água usada no processo? Tudo deve ser pensado para garantir o menor impacto possível", finaliza o especialista.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos, de 2010, prevê marcos de acompanhamento da aplicabilidade da lei nos diversos setores produtivos, sendo atualizada a cada quatro anos e contando com a participação do governo e de diversas entidades de classe.
