Sexta, 29 Novembro 2024

A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) apresentou a sua atuação no projeto Agile GRU, que vai aprimorar o controle das operações de chegadas e partidas do Aeroporto Internacional de Guarulhos/Governador André Franco Montoro (SP). A empresa é responsável pela torre de controle e vai adotar procedimentos de pousos e decolagens simultâneos, o que dará mais rapidez, eficiência e segurança à movimentação de aeronaves do maior aeroporto do País.

Guarulhos Aeroporto 

Com os novos procedimentos, que seguem as normas da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) e que foram alinhados com os integrantes do setor aéreo, as chegadas e partidas controladas pela empresa em Guarulhos passam a aproveitar melhor a estrutura do aeroporto e do espaço aéreo. Isso porque uma aeronave poderá pousar por uma das cabeceiras enquanto, na pista ao lado, estiver ocorrendo uma decolagem, desde que as condições meteorológicas estejam visuais e que seja mantida a separação entre as aeronaves para evitar efeitos de turbulência no momento da autorização do pouso ou decolagem. Esses fatores garantem toda a segurança do procedimento.

"Essa nova operação vai aumentar a fluidez no tráfego de aeronaves voando e em solo. Isso ajudará a diminuir os atrasos e a reduzir o consumo de combustível e emissão de CO2. Além disso, com o tráfego aéreo mais ágil, é possível até mesmo favorecer o Aeroporto de Congonhas com menos esperas pelas aeronaves, por exemplo", explica o superintendente de Gestão da Navegação Aérea da Infraero, Marcus Gurgel.

As novas regras para uso das pistas de pouso e decolagem em Guarulhos foram elaboradas a partir de um grupo de trabalho entre a Infraero e o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo (SRPV/SP), GRU Airport, Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) e Associação Internacional das Empresas Aéreas (Iata), com apoio da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Para incrementar a eficiência operacional do aeroporto, os participantes adotaram o processo de decisão colaborativa. "Foi um trabalho muito discutido e debatido. Assim, todos os envolvidos atuaram para chegar à decisão final, resultando na otimização do uso de recursos e na previsibilidade das operações, o que melhora a relação entre eficiência e custos", explica Gurgel.

A segurança, por sua vez, é o principal elemento do projeto, no qual todos os participantes pautaram suas ações. "Segurança é pilar e, a partir dela, o projeto vai dar uma dinâmica maior para que as aeronaves não gastem muito tempo para pousar e decolar. Com isso, o passageiro vai perceber a agilidade das operações", afirma o chefe do Subdepartamento de Operações do Decea, Brigadeiro do Ar Ary Rodrigues Bertolino.

A decisão conjunta entre os elos e a maior agilidade nas operações vão levar em conta um ponto favorável do aeroporto – a disponibilidade de operações visuais. De acordo com a concessionária GRU Airport, cerca de 95% das operações ocorrem em condições visuais. "Para absorver o movimento que poderá aumentar, em dezembro começam as obras de construção do pátio 7, com investimento de R$ 100 milhões", afirma o diretor de Operações da GRU, comandante Miguel Dau.

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