Ter um terminal em atividade possibilita a prospecção de novos clientes e novos clientes podem viabilizar a ativação de um terminal. Foi com base nesse princípio que foi estruturada a solução para uma operação iniciada nesta semana em Itutinga (MG). Um trem carregado com 40 contêineres deixou o terminal, no dia 21 último, com destino ao Sepetiba Tecon, no Porto de Itaguaí (RJ).
Foto: Divulgação/MRS.
O gerente de Industrializados e Granéis, Rodrigo Napoleão, explica que a solução trouxe para a MRS um bom volume já no primeiro cliente: demanda anual de 90 mil toneladas. O insumo, usado na produção de baterias de lítio, é levado ao porto para ser exportado para a China.
"Com o Terminal de Itutinga, temos uma nova porta de entrada para a ferrovia, que nos possibilitou ampliar nosso raio de atuação. Com esse primeiro cliente, já garantimos um volume bastante significativo e já iniciamos as conversas para prorrogar o contrato de um ano para, pelo menos, mais três. Há possibilidade de transportamos, inclusive, outros tipos de carga, como agrícolas e industrializados", complementa Napoleão.
A operação foi iniciada no terminal na terça-feira, dia 18, e a previsão é de que o trem que partiu hoje, dia 21, chegue ao porto no próximo domingo, dia 23. O ciclo da operação dura sete dias – saída do Sepetiba Tecon ou do Porto do Rio até retorno com trem carregado com o insumo a ser exportado – e, a princípio, circulará semanalmente pela malha da MRS um trem. A expectativa é de que nos próximos meses passem a circular dois ou três trens por semana.
O terminal
Operado pela Link, empresa já parceira da MRS em outros dois terminais (Tecaf, com contêineres, e TCS, com gusa), o Terminal de Itutinga é uma das apostas para fomentar o transporte ferroviário na região do Sul de Minas Gerais. Com área coberta de 1,5 mil m², o espaço permanece adequado para carregamento de granéis, como manganês e calcário, mas, com as adaptações, a estrutura passa a suportar, também, contêineres e siderúrgicos.
"A abertura deste novo terminal reforça que estamos no caminho correto. O desafio é entender a região, o mercado, o tipo de terminal e de parceiro que precisamos em cada situação. Com isso, conseguimos buscar novas soluções e, consequentemente, ampliar o leque de segmentos em que podemos atuar", analisa o gerente de Logística e Soluções Intermodais , Magela Titoneli.
Além da parceria já existente, a Link é certificada como Operadora de Transporte Multimodal, o que concede à empresa a permissão de atuar também com o modal rodoviário, importante complemento à ferrovia na cadeia intermodal.