Segundo maior produtor mundial de soja, mas com participação proporcionalmente decrescente nos embarques de farelo e óleo, o Brasil tem no biodiesel a melhor opção para agregar valor, gerar empregos e reduzir as emissões de gases do efeito estufa. Esse foi o tema da palestra de Daniel Furlan Amaral, gerente de economia da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), no dia 5 último, no 3º Congresso Internacional de Biomassa, em Curitiba.
"O biodiesel tem sido um vetor importante para a indústria. O biocombustível está alinhado com a política do programa RenovaBio de contribuir com o Brasil para atingir as metas de combate às mudanças climáticas", relatou Amaral. “Além disso, o biodiesel melhora a qualidade do ar pela redução das emissões de poluentes, o que indica seu potencial de uso crescente nas frotas de ônibus urbanos”, complementa.
Essa parceria resulta ainda em incentivos para a agricultura familiar, investimentos em reservas legais e áreas de preservação permanentes por meio do Selo Combustível Social, outro ponto favorável para o biodiesel.
O Brasil conta atualmente com 235 mil propriedades rurais que se dedicam à produção de soja. A safra atual alcançou o volume recorde de quase 119 milhões de toneladas. Esse volume de produção traz perspectiva positiva para a elevação gradual da mistura até o B20 em 2028.