A InterCement e a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM-RS) receberam do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) a carta patente do projeto de pesquisa de captura de CO2 por microalgas. O reconhecimento se refere tanto ao bioprocesso de fixação de CO2, quanto ao projeto do fotobiorreator híbrido industrial. Essa é a segunda patente obtida pela tecnologia. A primeira foi obtida em novembro de 2017 em Portugal.
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“Estamos muito felizes com o resultado e reconhecimento de um projeto inovador e que tem muito para contribuir com o meio ambiente. Essa é uma grande conquista para nós, pois conseguimos obter a patente no Brasil em quatro anos, tempo inferior à média, que é de aproximadamente 10 anos. É mais um passo em busca de uma produção mais limpa, apoiado no desenvolvimento tecnológico e em nossa capacidade de interação com instituições de pesquisa”, comenta Seiiti Suzuki, Gerente Corporativo de P&D da InterCement.
A carta patente obtida garante aos titulares (InterCement e UFSM) direitos exclusivos sobre a pesquisa durante o período de 20 anos. Suzuki lembra que a InterCement tem como visão estratégica reduzir os impactos ambientais de sua produção e os investimentos contribuem para este objetivo. “Atualmente, temos mais de 20 depósitos de patentes no Brasil, Argentina e Portugal oriundas de 24 projetos de pesquisa e desenvolvimento que estamos implementando”, afirma o especialista.
O investimento em pesquisa de biofixação de CO2 faz parte do trabalho de inovação e sustentabilidade desenvolvido pela InterCement. A empresa é referência no controle das emissões no setor de cimento e possui um dos menores índices mundiais de emissão de CO2por tonelada de cimento produzida.
O projeto
Iniciado em 2013 com a formação de parcerias tecnológicas com a Algae Biotecnologia, UFSM e Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), o projeto para a biofixação (ou captura) de CO2 gerado no processo de produção de cimento por microalgas, se viabilizado tecnicamente, tem potencial para elevar ainda mais o patamar da empresa quanto à produção limpa. No início do ano foi inaugurada uma nova planta-piloto na cidade de Holambra – SP e os estudos para testes de campo, nas próprias unidades de produção, já estão avançados e devem ser realizados a partir do 2º semestre de 2020.