Quinta, 28 Novembro 2024

Morreu nas primeiras horas desta quinta-feira, dia 23 de agosto, o empresário do setor portuário Virgílio Gonçalves Pina, aos 64 anos. Personalidade muito conhecida no Porto de Santos, Pina lutava contra recorrentes problemas de saúde.

virgilio pina
Virgílio Pina apresenta projeto industrial - Foto: Carlos Nogueira/A Tribuna

Nascido em Santos, o profissional dedicou-se ao universo portuário desde sua juventude, iniciando como auxiliar de escritório de despacho aduaneiro e construindo sua carreira até alcançar o status de empresário de sucesso. Como diretor-presidente da T-Grão Cargo, alçou a empresa à condição de um dos principais terminais de granéis do Brasil, inclusive operando o maior silo estático para grãos do porto santista. Também ocupou a presidência do Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo) do Porto de Santos.

Portogente rende homenagem a Virgílio e a toda a sua família resgatando trechos de uma entrevista publicada já no longínquo ano de 2003.

Portogente - Atividade Profissional?
Virgílio Pina - Eu sou empreendedor. Gosto de empreender e não num segmento só. Aonde existe um espaço para um negócio, eu procuro ocupá-lo e transformá-lo num negócio que traga rentabilidade e gere desenvolvimento. Com isso, a gente cria empregos e riqueza. Toda pessoa deveria ter um tanto de espírito empreendedor, pois estaria sempre contribuindo com algo mais para a própria cidade, estado e País.

Portogente - Como ser um empresário de sucesso?
Virgílio Pina – Dinheiro parado é improdutivo, não gera riqueza. Todo empresário deveria ter a noção de que o dinheiro deve girar porque isso é o que traz riqueza para a comunidade.

Portogente – O giro do dinheiro é o segredo da prosperidade?
Virgílio Pina – Sim. Eu trabalho muito para dar conforto a minha família. Então eu gasto muito. E quando eu gasto muito dinheiro, eu estou movimentando uma loja, um supermercado, um parque de diversão, uma concessionária. Quando eu compro, estou movimentando a indústria e o comércio. Dessa forma, estou movimentando a economia. É mais do que justo! Se eu ganhei, eu não ganhei sozinho. Eu ganhei porque eu tenho uma empresa formada por diretores, funcionários competentes, então, o dinheiro é de todo mundo e tem de voltar ao mercado.

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