Morreu nas primeiras horas desta quinta-feira, dia 23 de agosto, o empresário do setor portuário Virgílio Gonçalves Pina, aos 64 anos. Personalidade muito conhecida no Porto de Santos, Pina lutava contra recorrentes problemas de saúde.
Virgílio Pina apresenta projeto industrial - Foto: Carlos Nogueira/A Tribuna
Nascido em Santos, o profissional dedicou-se ao universo portuário desde sua juventude, iniciando como auxiliar de escritório de despacho aduaneiro e construindo sua carreira até alcançar o status de empresário de sucesso. Como diretor-presidente da T-Grão Cargo, alçou a empresa à condição de um dos principais terminais de granéis do Brasil, inclusive operando o maior silo estático para grãos do porto santista. Também ocupou a presidência do Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo) do Porto de Santos.
Portogente rende homenagem a Virgílio e a toda a sua família resgatando trechos de uma entrevista publicada já no longínquo ano de 2003.
Portogente - Atividade Profissional?
Virgílio Pina - Eu sou empreendedor. Gosto de empreender e não num segmento só. Aonde existe um espaço para um negócio, eu procuro ocupá-lo e transformá-lo num negócio que traga rentabilidade e gere desenvolvimento. Com isso, a gente cria empregos e riqueza. Toda pessoa deveria ter um tanto de espírito empreendedor, pois estaria sempre contribuindo com algo mais para a própria cidade, estado e País.
Portogente - Como ser um empresário de sucesso?
Virgílio Pina – Dinheiro parado é improdutivo, não gera riqueza. Todo empresário deveria ter a noção de que o dinheiro deve girar porque isso é o que traz riqueza para a comunidade.
Portogente – O giro do dinheiro é o segredo da prosperidade?
Virgílio Pina – Sim. Eu trabalho muito para dar conforto a minha família. Então eu gasto muito. E quando eu gasto muito dinheiro, eu estou movimentando uma loja, um supermercado, um parque de diversão, uma concessionária. Quando eu compro, estou movimentando a indústria e o comércio. Dessa forma, estou movimentando a economia. É mais do que justo! Se eu ganhei, eu não ganhei sozinho. Eu ganhei porque eu tenho uma empresa formada por diretores, funcionários competentes, então, o dinheiro é de todo mundo e tem de voltar ao mercado.