Se até pouco tempo os analistas de Internet projetavam que, até 2020 cerca de 50 bilhões de dispositivos estariam conectados à internet, hoje esse número já chega a 500 bilhões de dispositivos. O agronegócio não fica fora disso.
A chamada Internet das Coisas (sigla em inglês, IoT) tem revolucionado a produtividade, interligando pessoas, empresas e indústrias, agregando informação e aumentando a produtividade.
Um exemplo simples: um sistema de irrigação de uma grande área hoje passa a ser automatizado, ou seja, as informações climáticas captadas por satélite, são cruzadas com dados de umidade do solo, o que faz com que o sistema calcule a quantidade correta de água a ser aplicada. O resultado é maior produtividade e menor desperdício de recursos.
Com isso em vista, a qualidade da Internet, a velocidade da navegação, a capacidade de armazenamento e a segurança de dados, são pontos fundamentais para que o funcionamento de tantos sistemas interligados seja eficiente.
Com isso em vista, serão realizados o VIII Congresso RTI de Provedores de Internet e o 10° Congresso RTI Data Centers, simultaneamente, nos dias 8 e 9 de agosto, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo.
Uma das cidades mais ricas e um importante polo no setor de telecomunicações do estado de São Paulo, Ribeirão Preto se localiza próxima a importantes centros de negócios, tais como Franca, Barretos, São Carlos e São João da Boa Vista, Uberaba e Uberlândia, no Triângulo Mineiro. “A região também é um dos principais centros universitários e de pesquisa, gerador de tecnologia e mão de obra qualificada, o que credencia a cidade para receber estes, que são os principais eventos do setor de telecomunicações no país”, explica Monica Carpenter, Mônica Carpenter, diretora da Aranda Eventos, empresa organizadora do Congresso.
Exposição e congresso
Direcionados para engenheiros, analistas de sistemas, instaladores, prestadores de serviços e empresários, VIII Congresso RTI de Provedores de Internet e o 10° Congresso RTI Data Centers vão apresentar uma programação especial para esses setores, mostrando as últimas novidades em tecnologias e técnicas para esse mercado.
Os eventos também contarão uma área de congresso, palestras e workshops voltados ao desenvolvimento e ao empreendedorismo nesses setores. Temas como 4G LTE, Fibra Ótica, GPON, Segurança, Infraestrutura, Gestão para Provedores, Regulamentação, Internet das Coisas (IoT), Wireless, Cabeamento, Conceitos e técnicas para climatização e aplicação de energias renováveis em Datacenter, serão abordados por importantes players do mercado.
Também serão contemplados painéis e consultorias sobre linhas de crédito para compra de equipamentos e fibra, com especialistas do BNDES e FINEP, e empreendedorismo para novos negócios.
Sandra Mogami, coordenadora técnica dos eventos, afirma que para a edição de 2018, são esperadas as presenças de empresários, prestadores de serviço, profissionais da engenharia, pesquisadores, representantes governamentais, entre outros players desse segmento. “Trata-se de um palco para a geração e o desenvolvimento de negócios, voltados para setores que apresentam forte demanda em termos de tecnologia e de qualificação de mão-de-obra”, afirma Sandra.
Dados do mercado
De acordo com dados divulgados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o Brasil registrou 30.071.964 contratos de banda larga fixa no mês de maio de 2018. Houve um aumento de 2.520.524 contratos, em relação a maio de 2017. Na comparação entre abril e maio deste ano, houve um aumento de 25.586 contratos de banda larga fixa no país. Esse serviço é o único que continua em expansão no país. A telefonia fixa, a telefonia móvel e a TV por assinatura mantêm tendência de queda.
O setor de provedores de acesso à Internet está ganhando espaço no mercado e se tornando a principal força para o crescimento dos serviços de telecomunicações. São Paulo é o estado com maior número de provedores de Internet do país. São quase 3 mil empresas, do total de 13 mil operadoras SCM com licença da Anatel, em sua maioria atuando nos pequenos municípios do interior paulista. Em doze meses, os provedores regionais foram responsáveis por mais de dois terços do aumento da banda larga fixa no país, saindo de 3,05 milhões de acessos para 4,67 milhões (+53,19%).
O setor de data centers também uma expansão significativa no mercado de telecomunicações. Somente em 2017, segundo estudo da Frost & Sullivan, o segmento movimentou mais de 2,87 bilhões de dólares na América Latina, sendo o Brasil responsável por 47,6% desse valor. A expectativa é de que, até 2021, o setor movimente mais de 4,37 bilhões de dólares.
Os dois setores estão liderando a expansão de novas tecnologias da informação, com a construção de redes de telecomunicações e na busca de operações cada vez mais profissionais. São setores que impulsionam, por exemplo, o mercado de fibra ótica. Dados da Anatel mostram que, entre 2015 e 2017, o total de acessos mensais por meio de fibra ótica saltou mais de 630%, de 128 mil para 936 mil. Esse volume representa 34,5% do uso total de internet por fibra no Brasil.
