Lilia Kawazoe, gerente Comercial da Unidade de Negócio Concepta Ingredients, pertencente ao Grupo Sabará
Em 22 de maio é celebrado o Dia Internacional da Biodiversidade, data proclamada pela Organização das Nações Unidas (ONU) com a finalidade de conscientizar a sociedade a respeito do valor e a representatividade que o tema tem para o mundo. No Brasil, o período é uma oportunidade para debater as formas de utilização dos nossos recursos naturais, reduzir os danos ambientais e sociais, uma vez que, em diversas regiões temos comunidades que dependem dos ingredientes oriundos da biodiversidade para garantir uma fonte de renda extra.
Ao traçarmos um paralelo entre o tema e a indústria alimentícia, encontramos bons exemplos, como as manteigas e óleos obtidos a partir de frutos e sementes da biodiversidade brasileira, entre eles o cupuaçu e a castanha-do-Brasil. A proposta é que esses ingredientes sejam acrescentados a receitas tradicionais do dia a dia, como pães, bolos, cookies, molhos e maioneses, para fortificar nutricionalmente o alimento, além de proporcionar sabores exclusivos.
Ou seja, além desses produtos serem obtidos de forma sustentável, eles são benéficos para a saúde por serem naturais. Aliás, podemos observar que cada vez mais cresce o número de consumidores conscientes, preocupados não apenas com o paladar, mas, também, com a saudabilidade e a procedência dos alimentos.
Uma prova disso está no crescimento do mercado de produtos orgânicos e naturais. A expectativa para o ano 2017 é de expansão entre 20% a e 30%, de acordo com o Organics Brasil - programa de promoção internacional dos produtores orgânicos sustentáveis, fomentado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
Esse cenário nos mostra que a indústria alimentícia deve estar atenta às novas preocupações de consumo. Com o mercado cada vez mais exigente, é necessário desenvolver trabalhos inovadores, realizar pesquisas constantemente para proporcionar alimentos 100% naturais e com um paladar atraente. Afinal, o futuro da sobrevivência humana depende de práticas mais sustentáveis em todos os setores da economia.