Dora Ramos é orientadora financeira e diretora responsável pela Fharos Contabilidade & Gestão Empresarial
Formar uma equipe competente é fundamental para que qualquer negócio alcance sucesso. Recrutar e dispensar funcionários é uma tarefa séria e, para isso, é importante fazer uma análise cuidadosa das competências de cada um deles. Mas e quando esse processo envolve a contratação de parentes?
A prática é comum e mais complexa do que parece, e algumas instituições – especialmente as de grande porte – chegam a vedar a admissão de familiares. A medida não é reflexo da incapacidade dos parentes de desempenhar as funções a eles atribuídas, mas se dá pela possibilidade de conflitos no trabalho. Afinal, trazer desentendimentos pessoais para o ambiente corporativo é um problema corriqueiro e pode tornar o convívio entre os membros da equipe e da família desgastante.
Além disso, descuidos envolvendo a contratação de profissionais próximos podem comprometer o orçamento da empresa. Na definição do salário e benefícios a serem pagos ao familiar, o gestor deve considerar a situação do caixa e a remuneração do piso salarial da categoria em que o colaborador irá atuar, a fim de que não haja injustiças.
No processo de contratação, é imprescindível avaliar as competências técnicas do profissional. Admitir alguém para “fazer favor” é um risco, pois um funcionário desqualificado pode afetar a qualidade dos serviços prestados pela empresa. Ainda que seja recrutado para exercer uma atividade relativamente simples e que não exija conhecimentos tão específicos, é importante organizar um treinamento e estipular regras bem claras sobre horários e obrigações.
Ter um bom time à frente de seu negócio é o sonho de qualquer empreendedor. Acertar nas escolhas nem sempre é fácil, mas com alguns cuidados você chega lá. Contar com um profissional cujas virtudes e competências você já conhece bem é bacana, mas lembre-se: sua prioridade deve estar relacionada ao zelo pela qualidade de sua equipe.