Paulo Figueiredo é consultor técnico da Husqvarna empresa fornecedora de equipamentos para o manejo de áreas verdes.
A cada ano, estatísticas comprovam o quanto tem crescido em números e importância a participação da mulher do mercado de trabalho, principalmente no campo.
De acordo com dados do último Censo, promovido em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o trabalho realizado pelas mulheres no campo – seja como produtoras, agrônomas ou engenheiras - corresponde a 42,4% da renda familiar, enquanto que, nas cidades, esse número é de 40,7%. O levantamento aponta também que elas já chefiam 57,3 milhões de domicílios – 38,7% de todas as residências brasileiras.
Segundo uma análise feita pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), que entrevistou mais de 300 mulheres, 88% delas se consideram independentes financeiramente, 57% participam ativamente de sindicatos e associações rurais, 60% possuem curso superior e 55% acessam a internet diariamente.
Ou seja, os números mostram que as mulheres estão em todos os segmentos de negócios. E, se antes costumavam se dedicar a atividades domésticas, de plantio e roçado, agora muitas dessas brasileiras executam serviços até pouco tempo considerados pesados. Um dos fatores que tornaram isso possível foi a adaptação realizada pelo mercado de maquinários agrícolas, a fim de desenvolver tecnologias mais leves, ergonômicas, potentes e que exigem menos esforço físico na operação.
São tratores para o corte de grama, sopradores, motocultivadores e roçadeiras, que substituem os tradicionais facões, enxadas e outras ferramentas pesadas. Dessa forma, elas conseguem dominar com facilidade o manuseio de equipamentos, seja para aparar a grama de sítios e fazendas, preparar o terreno para o plantio nas zonas rurais ou, até mesmo, para podar árvores, cercas-vivas e realizar outros cuidados nos jardins residenciais.
O mercado de trabalho evoluiu e, nos últimos anos, homens e mulheres se dividem nas mesmas tarefas. Hoje, está cada vez mais evidente que todos estão aptos a realizar as mesmas funções, basta oferecer as ferramentas adequadas. Isso tudo tem mudado também a mentalidade e a maneira de atuar das empresas, que aperfeiçoam desde as técnicas até a estrutura de vendas para que possam se comunicar melhor e atender esse público tão especial.