Silvio Maemura é gerente-geral da Pitney Bowes Brasil
A Internet das Coisas (IoT em inglês) é um ponto de virada histórico para as empresas e a respeito de como as interações com os consumidores na Era Digital serão transformadas. A IoT já provou criar mudanças sísmicas em como as empresas operam, da mesma forma que a Internet e a computação móvel influenciaram o mundo em que vivemos hoje.
As empresas já estão aplicando as análises dos dados gerados pelos sensores habilitados para a IoT a fim de otimizar suas próprias operações, e os primeiros a adotarem colherão as recompensas dessa abordagem de dados, usando-a para guiar o desenvolvimento da próxima geração de dispositivos de consumo e até mesmo, para abrir segmentos de mercado inteiramente novos.
Bilhões de dispositivos conectados – dispositivos móveis, rastreadores vestíveis de atividades físicas e sensores em veículos, por exemplo – atualmente geram imensas e inimagináveis quantidades de dados, que continuarão a crescer a taxas exponenciais nos próximos anos. Se os dados puderem ser usados para liberar um maior impacto econômico, eles precisarão ser analisados na busca de padrões e conclusões por meio das análises apropriadas. Felizmente, a ciência dos dados amadureceu ao ponto onde temos hoje ferramentas de análises avançadas necessárias para responder a diversas questões que guiam as organizações para fazer melhor uso de seus dados. As empresas podem então delegar algumas das suas tomadas de decisões para as máquinas.
O que é fundamental compreender sobre a IoT é a noção de que tudo acontece em algum lugar. Você não pode desfrutar da Internet das Coisas ou da Internet das Coisas Industriais sem o reconhecimento da localização precisa e em tempo real. Isso não é possível sem ferramentas e softwares de GIS (Sistema de Informação Geográfica). Essa é uma peça crítica que falta para catalisar o crescimento das aplicações de IoT. No entanto, os consumidores não se voluntariarão para este tipo de coleta de dados se as empresas não conseguirem obter o retorno de valor para elas. É por isso que os dados baseados em localização, alinhados com a análise de dados, são fundamentais quando se trata das empresas aproveitarem melhor a onda da IoT.
Ao mesmo tempo em que a IoT ainda não está madura e muitas empresas adotarão uma abordagem de “aguardar para ver” por alguns anos, as empresas que não começarem a planejar – especialmente aquelas com recursos físicos - estarão perdendo uma oportunidade e ficarão à mercê de ameaças competitivas e ´por que não, disruptivas talvez.
Ao coletar e analisar os dados de equipamentos e máquinas, as empresas podem aumentar a produtividade, minimizar ou eliminar o tempo de inatividade e gerenciar melhor o tempo de atividade. Mas para isso, as análises avançadas de dados da IoT precisam possibilitar casos de uso que gerem receita adicionais e reduzam os custos de operação. Simplificando, automatizar e delegar tomadas de decisões são possíveis, os casos de sucesso vão começarão a aparecer em curto prazo.
Isso tudo será possível num tempo mais curto na medida em que os líderes das empresas começarem a aderir a IoT como parte crucial dos seus negócios. Para entender como as ameaças e oportunidades afetam sua indústria e seus negócios, os líderes devem pensar em longo prazo. Eles devem pensar à frente, vislumbrando oportunidades potenciais de diferenciação e transformação, e não parar no caso de negócio imediato visando apenas uma mera redução de custos.