José Luiz Tejon Megido, Conselheiro Fiscal do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS) e dirigente do Núcleo de Agronegócio da ESPM
O valor bruto da produção agropecuária em 2016 foi de quinhentos e vinte e três bilhões e seiscentos milhões de reais. Em 2015 o valor bruto da produção agropecuária foi ligeiramente maior, atingindo quinhentos e trinta e três bilhões e cem milhões de reais. Em 2016 foi o segundo maior valor bruto da história do País, ficamos ligeiramente abaixo em função da seca, fator climático, o principal fator desse declínio.
Quer saber qual foi o campeão do crescimento no agro? Incrível, mas foi a banana. Sim, a nossa banana cresceu 48,2% ao lado de outros campeões com o feijão, que cresceu 5,6%, o trigo, a batata, o café, a maçã e a soja. Já na pecuária, o crescimento do frango foi de 3,4% e os ovos 3%.
E quem decresceu mais? O tomate 49%, a mamona 41,4% e o fumo 29%. Também tiveram queda no crescimento o cacau, a uva, o amendoim, o algodão e o arroz. Para a proteína animal, a queda foi de 11,6% para a carne suína e 4,7% para a bovina e 8,1% para o leite.
Praticamente empatamos o agro deste ano com o ano passado, porém ao avaliar o PIB (Produto Interno Bruto) total do agronegócio, deveremos ter crescimento perante ao ano de 2015 em função da valorização do dólar e do valor maior da indústria de rações.
O agronegócio segurou a economia brasileira no pior ano da história econômica dos últimos 50 anos. Viva o agro e feliz 2017!