Sexta, 17 Mai 2024

Paulo Metri é engenheiro mecânico, mestre em engenharia industrial, conselheiro do Clube de Engenharia e da Federação Brasileira de Associações de Engenheiros, um dos autores de ‘Brasil à luz do apagão’ e de ‘Nem todo o petróleo é nosso’.

A história de Guilherme Estrella lembra a do também geólogo Farmam Salmanov, um cidadão azeri, que procurou petróleo em Surgut, na Sibéria, ao longo das margens do Rio Ob. Ele buscava petróleo sobre a tundra siberiana.

Moscou o havia proibido de procurar petróleo na região por achar impossível encontrá-lo neste local. Ele cortou todas as comunicações para não ter que desobedecer às ordens e, acreditando em suas concepções geológicas, continuou a prospectar.

Em determinado momento em 1961, jorrou petróleo e ele mandou um telegrama para Krushchev dizendo: "Encontrei petróleo. Farmam Salmanov."

No meio da Guerra Fria, este telegrama lacônico influenciaria o jogo de poder mundial a favor da URSS.

Nikita Krushchev festejou a descoberta e, por este feito, Salmanov veio a receber o título de herói do trabalho soviético e o premio Lenine. Este petróleo ajudou muito a manutenção do poder da União Soviética.

A constância de apoio ao que acreditava, qual seja a existência de petróleo na camada do Pré-Sal brasileiro, levou ao sucesso o grupo da Petrobras comandado por Estrella.

Infelizmente, bem desigual é o tratamento que Estrella recebeu e ainda recebe no Brasil, hoje, da parte do governo. O Jornal Nacional (JN) chegou ao ponto inacreditável de relacioná-lo aos desvios ocorridos na Petrobras. Logo ele, um técnico íntegro e nacionalista. Pelo menos, neste caso, o JN teve a grandeza de reconhecer seu erro, o que ocorreu na edição de 09/02/2015.

Contudo, a reverência do nosso governo ao ilustre brasileiro, até hoje, não ocorreu. Entidades dos engenheiros e da Engenharia, a Academia, Mídias alternativas, Sindicatos e demais representações conscientes da sociedade já o reverenciaram. Certamente, este governo que, indevida e fatidicamente, está instalado na Presidência não irá homenageá-lo, inclusive porque gostaria que o Pré-Sal tivesse sido descoberto por uma petrolífera estrangeira.

Mas ninguém irá tirar o mérito de Guilherme Estrella, o cidadão que coordenou a equipe da Petrobras que descobriu o Pré-Sal. É um herói nacional. A grande diferença é que a União Soviética era um Estado soberano e o Brasil atual não é e está tomado por proxenetas do capital internacional.

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