Domingo, 24 Novembro 2024

José Luiz Tejon Megido, Conselheiro Fiscal do Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS) e dirigente do Núcleo de Agronegócio da ESPM

Existe uma revolução no agronegócio iniciando e em andamento no Brasil, chamada de ILPF (Integração Lavoura, Pecuária e Floresta). Isso significa que numa mesma propriedade os produtores vão gerenciar, ao mesmo tempo, a produção de grãos, de vegetais, com gado, a proteína animal, e ainda gerar árvores, inclusive frutíferas, ou mesmo nativas.

Tudo ao mesmo tempo, com ganhos sensacionais em sustentabilidade e na imagem do agro brasileiro para o mundo. Mas uma pergunta que se faz é: isso é mais lucrativo para os produtores? Quer dizer, dá mais trabalho, é melhor para a sustentabilidade, mas como fica no bolso do agricultor e do pecuarista?

E a resposta é sim: também dá mais lucro. O sistema Integração Lavoura, Pecuária e Floresta oferece um retorno sobre o investimento, maior do que o sistema exclusivo de agricultura ou só de pecuária. Ou seja, dá mais lucro adotar ILFP. O pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril, Julio Cesar dos Reis, explica que cada passo é particular, pois são muitos os fatores que influenciam nos custos e nas receitas.

Foram analisadas quatro unidades de referência tecnológica e econômica em Mato Grosso, tanto em propriedades mais favorecidas por momentos de preços melhores quanto em outras prejudicadas por situações desfavoráveis com preço de soja desfavorável e milho safrinha ainda pouco expressivo.

O sistema Integração Lavoura, Pecuária e Floresta se mostra importante pela diversificação das fontes de renda, principalmente numa atividade em que o produtor precisa pensar a longo prazo e ter consciência dos riscos incontroláveis do curto prazo, como clima, dólar e custos. Integração Lavoura, Pecuária e Floresta um bom negócio para o produtor e para o país.

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