Domingo, 28 Abril 2024

Dinovaldo Gilioli é escritor

O povo deve estar bem ciente, neste momento em que se definirá no Brasil a política do governo federal provisório de Michel Temer, até 2018, se confirmado o impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff. A vitória daqueles que defendem a adoção de políticas neoliberais, de enfraquecimento do estado, representará o retorno às dificuldades vivenciadas por milhares de trabalhadores na década de noventa.

Como esquecer a privatização, ou melhor, a entrega da área de geração da Eletrosul e de tantas empresas estratégicas para o desenvolvimento do país? Como esquecer a tentativa de privatização da Celesc? Como esquecer as demissões em massa? Uma simples consulta aos acordos coletivos da época evidenciará os prejuízos aos eletricitários e demais categorias: reajustes salariais abaixo da inflação, retirada ou diminuição de direitos.

Não se trata de uma questão partidária, é dever das entidades sindicais, realmente comprometidas com os interesses dos trabalhadores, alertá-los sobre o que está em jogo no país. Num dos períodos mais desafiadores e marcantes da luta sindical, os eletricitários catarinenses integraram, juntamente com outras categorias, o MUCAP (Movimento Unificado Contra a Privatização) que lutou em defesa do Besc, Casan, Celesc, Eletrosul, Telesc, Correios, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Petrobras, dentre outras empresas do setor elétrico.

Fruto dessa e outras lutas, bem como a continuidade da pressão sobre os atuais governos, foi possível frear o avanço do neoliberalismo no Brasil. Visão esta que agora volta com força total, e cuja lógica privatista/entreguista está posta no documento do PMDB, de 29 de outubro de 2015, intitulado “Uma ponte para o futuro”; o que significa real ameaça aos interesses da classe trabalhadora, do povo em geral e aos interesses do Brasil; enquanto uma nação que se pretende soberana.

Independentemente da posição partidária de cada um, é imprescindível que se faça uma profunda reflexão sobre as questões que devem afetar os que vivem da sua força de trabalho (ativos e aposentados). É necessário se posicionar sobre o momento atual. Não dá para fazer de conta que “não temos nada a ver com isto”. Diante da tomada de consciência, o poeta Pablo Neruda nos adverte com uma oportuna frase, que serve como uma luva para a ocasião: “Somos livres para fazer nossas escolhas, mas somos prisioneiros das consequências.”

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