É consultor sindical
Qualquer que seja o desfecho da crise política, depois de mirabolantes episódios do barata voa, o ano de 2016 será muito difícil para os trabalhadores e para o movimento sindical.
Ele será difícil por duas razões principais.
A primeira delas é a recessão econômica, com seu cortejo fúnebre de demissões, perdas salariais, falta de crescimento e pessimismo. A escada rolante parou de subir e agora desce arrastando todo mundo.
A segunda é a onda conservadora que, qualquer que seja o desfecho fulanizado da crise, empurra a sociedade para uma forte regressão. Para o governo, acossado pelos rentistas, tornam-se quase naturais medidas econômicas de ajuste que não conseguem impedir a depressão e a alimentam. Para os que golpistamente querem a substituição da presidente eleita pelo voto popular por um governo de transição, a plataforma de ação está consolidada como uma ponte para o futuro que é, na verdade, um túnel para o passado neoliberal.
O movimento sindical deve, para enfrentar esses dois monstros (a recessão e a pauta conservadora), resistir, buscar representatividade e garantir unidade de ação.
Um bom caminho tem sido o do “Compromisso pelo Desenvolvimento”, que aponta medidas concretas capazes de, ao mesmo tempo, enfrentar a recessão e neutralizar a onda conservadora.
Boas lutas em 2016!