* Presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (Seesp)
Neste domingo (15/11), iremos às urnas em todo o Brasil para eleger prefeitos e vereadores. Apesar das especificidades e desafios adicionais das eleições municipais deste ano, que se dão em meio à pandemia do novo coronavírus, é fundamental que, tomando todos os cuidados necessários e seguindo as orientações das autoridades competentes, participemos deste fundamental momento democrático.
Embora não seja a única forma de participação efetiva da vida pública, o voto é certamente um instrumento muitíssimo valioso, ao alcance de cada eleitor de forma igualitária. Por isso mesmo, esse direito deve ser exercido de maneira consciente, informada e responsável. Ao fazer a sua escolha, o cidadão está indicando o que deseja para sua cidade.
Obviamente, passadas as eleições, é preciso acompanhar, fiscalizar e cobrar os novos administradores e legisladores, mas o primeiro passo para que isso seja possível é ter clareza do programa de ações ou da plataforma de governo em que se está votando. Trata-se de encarar a eleição como tarefa séria, a qual todos devemos dedicar a nossa capacidade de discernimento, fazer esforço para buscar dados relevantes e confiáveis sobre os candidatos e partidos e optar pelo que consideramos melhor.
Com o objetivo de contribuir para essa dinâmica, o SEESP vem realizando ao longo dos últimos meses o ciclo de debates “A engenharia e a cidade”, com a participação dos candidatos à Prefeitura de São Paulo. Iniciativa tradicional da entidade, em 2020, aconteceu em eventos virtuais, mas igualmente importantes para que cada convidado pudesse expor suas propostas e receber a sugestões da engenharia.
Assim, entraram em pauta as questões essenciais ao desenvolvimento e qualidade de vida na cidade, como habitação, transporte e mobilidade, meio ambiente e saneamento. Disponíveis no canal do YouTube do sindicato, os encontros podem ser assistidos por aqueles que não tiveram a oportunidade de acompanhá-los ao vivo.
Ponto fundamental neste momento de crise severa, também debatido durante os encontros, é a necessidade urgente de geração de emprego e renda, o que é abordado na mais recente edição do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”. Visando a recuperação pós-pandemia, o documento propõe a retomada das obras públicas paralisadas como forma de aquecer a economia e o mercado de trabalho e entregar equipamentos necessários à população. A publicação digital com as propostas, lançada em 21 de outubro último, foi enviada aos candidatos como contribuição da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) e seus sindicatos filiados aos seus programas de governo.
Ou seja, as questões em jogo são vitais e, portanto, está fora de cogitação desperdiçar este momento extraordinário indo às urnas com desatenção ou leviandade. Vamos, no próximo domingo, exercer nosso direito com alegria e otimismo, e cumprir nosso dever com responsabilidade.