escrito por Thiago Azanha, no portal UOL
Além do esperado desfile de músicas de Renato Russo, "Somos Tão Jovens", filme de Antonio Carlos da Fontoura que estreia nos cinemas nesta sexta-feira (3), se propõe a explorar as questões existenciais do líder das bandas Aborto Elétrico e Legião Urbana. Também se esforça para explicar as histórias por trás das célebres canções compostas pelo "Trovador Solitário".
"Somos Tão Jovens" faz um recorte histórico da vida de Renato Russo, entre o surgimento do Aborto Elétrico e o começo do sucesso da banda Legião Urbana, na metade da década de 80. Aspectos como o homossexualidade e política ganham um tom ameno da história. Os fãs poderão relembrar os hits da banda com uma marcante atuação de Thiago Mendonça na pele de Renato – o ator também toca os instrumentos e canta as músicas no longa.
No período da inquietação pessoal e da "fase punk" de Renato, começam a surgir no filme as leves críticas ao período da Ditadura em Brasília – a maioria através das letras das músicas compostas pelo cantor. Nota-se o desejo de Fontoura de limitar a narrativa à vida musical de Renato, sem se importar com o cenário de revolta e desejo de mudança dos jovens nos anos finais do período militar no Brasil.
Uma das ironias fictícias do filme é aproximar o cantor de Ana Claudia Costa e Pinto (Laila Zaid), filha de um importante militar, fazendo alusão ao ex-presidente Marechal Artur da Costa e Silva. O diretor explicou em entrevistas anteriores que a personagem de Laila foi inserida para representar todas as mulheres com quem Renato se relacionou. Mas ela vai muito além e acaba ganhando um destaque maior, com uma ótima atuação da atriz.
Leia a crítica na íntegra em http://tinyurl.com/d9uxuqj.