O ex-ministro da Justiça, advogado e escritor Saulo Ramos morreu no domingo (28/04) aos 83 anos e deixou extenso legado na política brasileira. Ele conduziu, contratado pelo Senado, processos importantes como a ação na qual se decidiu pela cassação dos direitos políticos do ex-presidente Fernando Collor de Mello, que renunciou antes de sofrer o impeachment.
Integrante da equipe de governo de Jânio Quadros, Ramos também foi responsável pela configuração jurídica dos planos Cruzado 1 e Cruzado 2 quando era ministro da Justiça do governo José Sarney.
Nomeado para ocupar o Ministério da Justiça, tomou posse em agosto de 1989, substituindo a Oscar Dias Correia. Defendeu o fim da figura do "filho ilegítimo", prometendo assegurar à concubina o direito à metade dos bens, em caso de morte do parceiro.
Em 2007, publicou o livro "Código da Vida", em que conta histórias da vida política brasileira. Um dos capítulos discorre sobre a renúncia de Jânio Quadros.
Com informações de Consultor Jurídico, Correio Braziliense e Agência Globo.