O meio-campista Bernardo, do Vasco da Gama, foi agredido por traficantes de drogas no complexo da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro, na madrugada do último domingo para segunda, segundo informações da Globo News. O motivo seria o envolvimento dele com a namorada de Menor P, um traficante da região. O jogador e a mulher foram levados por bandidos até a favela, onde teriam sido amarrados e torturados.
Dayana Rodrigues seria mulher de Marcelo Santos das Dores, líder do tráfico no local. Eles teriam sido pegos por bandidos e levados até uma casa na Vila do João, onde foram torturados com choques elétricos e espancados enquanto estavam amarrados e nus. Dayana ainda foi baleada nas pernas.
A diretoria do Vasco se manifestou através do diretor Renê Simões, que afirmou que o clube dará apoio total ao jogador por entender que um atleta do clube deve receber apoio em qualquer situação, mesmo não querendo a imagem do clube ligada a casos que não sejam da esfera esportiva.
Traficante acusado de espancar Bernardo tem fama de rígido e disciplinador
O traficante Marcelo Santos das Dores, conhecido como Menor P e acusado de ter torturado o meia Bernardo, do Vasco, dentro da favela Vila do João, no Complexo da Maré, tem fama de ser rígido e disciplinador.
Ex-paraquedista do Exército, Menor P tem 32 anos e está foragido da Justiça desde 2007, quando recebeu um benefício para deixar o Instituto Penal Plácido Sá de Carvalho, no Complexo Penitenciário de Bangu, e não voltou mais. O traficante havia sido preso em 2003, por associação ao tráfico de drogas.
A polícia oferece R$ 2 mil de recompensa por informações que levem ao paradeiro de Menor P. Ele é um dos líderes da facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP), e ascendeu ao comando do tráfico na Maré em 2009, com a prisão de outros bandidos que estavam acima dele no organograma do tráfico local.
Menor P é descrito como bastante disciplinador, segundo informações da inteligência da polícia. Ele utiliza técnicas e conhecimentos adquiridos no tempo em que era paraquedista, e exige uma espécie de treinamento de sua "tropa", com instruções de uso do armamento do bando, e exercícios físicos. Há informações de que o grupo já chegou a agir uniformizado, com todos vestidos de preto. Ainda segundo a polícia, Menor P tem forte poder de convencimento para recrutar novas pessoas para o tráfico de drogas.
A Justiça tem registros de cinco processos em que Menor P está envolvido, por diferentes crimes, como associação para o tráfico, formação de quadrilha, homicídio e uso ilegal de armas.
Fontes: Terra e Band News TV