Começa em janeiro, na maioria dos estados, o pagamento do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Como o início do ano é marcado por despesas como material escolar, férias, seguro do veículo, contas das festas de fim de ano e outros tributos, o IPVA pode pesar no orçamento dos motoristas, que ficam em dúvida se a melhor opção é pagar à vista ou fazer o parcelamento.
A Agência CNT de Notícias consultou o especialista em finanças pessoais e professor do departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB), Newton Marques, para sanar a dúvida. De acordo com o economista, o ideal, para quem tem a quantia integral do dinheiro, é pagar à vista e aproveitar o desconto.
“Hoje em dia, qualquer desconto é vantajoso, para quem tem o dinheiro. Se a pessoa tem condições, o IPVA pago à vista é mais interessante e o valor do desconto pode ser colocado em uma aplicação financeira para render”, explica Marques.
No caso do pagamento à vista, é preciso estar atento aos compromissos futuros porque muitas pessoas, influenciadas pelo desconto, gastam o dinheiro e enfrentam problemas nos meses seguintes para quitar outras contas. Antes de pagar o IPVA em uma única parcela, é preciso ter consciência de todas as dívidas e ter uma reserva para imprevistos.
“As pessoas devem colocar na ponta do lápis tudo o que ganham e pagam”, diz o especialista. Segundo Marques, não adianta pagar à vista o IPVA se, no futuro, for necessário pedir dinheiro emprestado para pagar outras contas e ter que recorrer, por exemplo, ao cheque especial. “Não pode deixar nada atrasar. Além de pagar multa, também se pagam juros”, adverte.
Se a opção escolhida for o parcelamento, é necessário inserir imediatamente o valor das prestações futuras no orçamento financeiro. A estratégia de parcelar não vale a pena se os pagamentos forem feitos com atraso.
Fonte: Agência CNT de Notícias