publicado originalmente por Altamiro Borges no site Brasil 24/7
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, vivencia um momento sedutor para se candidatar a presidente da República em 2014, contra a reeleição da presidente Dilma Rousseff, do PT. Aliado histórico do partido, o presidente nacional do PSB trilhou um caminho diferente nas eleições municipais desse ano, iniciando um voo solo ao vencer em importantes capitais.
No Recife, capital onde pode ser considerada palco da maior de suas conquistas, Campos lançou um nome próprio, Geraldo Júlio, que não só venceu o candidato do ex-presidente Lula, o petista Humberto Costa, como rompeu o comando de 12 anos do PT na capital. Outros resultados que motivaram o socialista foram os de Fortaleza e Belo Horizonte, cidades agora comandadas pelo partido.
Campos já vem utilizando um discurso presidenciável, apesar de reafirmar seu apoio a Dilma e negar, pelo menos por enquanto, uma candidatura em 2014. Ele critica a falta de projetos que sirvam de vitrine ao atual governo, afirma que a economia não se expandirá pelo menos até 2014, e já se reuniu com empresários e banqueiros depois das disputas municipais.
Outro ponto no atual cenário que dá vantagem ao socialista refere-se ao discurso da renovação utilizado nas eleições deste ano, fortemente adotado pelo PT em São Paulo, onde o partido elegeu o novato Fernando Haddad. Os últimos fatos, lembrando aqui o bom desempenho de seu partido – o PSB foi a sigla que mais cresceu com as eleições – devem servir de combustível para a decisão de Campos, que vem sendo tomada gradualmente.