O Banco Mundial vai passar a focar menos em política econômica e mais na entrega de programas customizados para estimular o crescimento e o bem-estar social nos países mais pobres, de acordo com o presidente da instituição, Jim Yong Kim. Nesta quinta-feira, em Tóquio, ele avaliou que o crescimento econômico nos países mais ricos será fraco e mesmo os países emergentes mais dinâmicos não estarão imunes. “Todos estão vulneráveis em tempos de incerteza”, disse Kim. Os países mais pobres estão ainda mais expostos, observou o presidente do Banco Mundial, acrescentando que encarregará a instituição de buscar maneiras de comba ter e “pôr fim à pobreza” ainda mais rapidamente do que se espera hoje. Uma de suas principais prioridades será amparar países devastados por conflitos duradouros, como Somália e Costa do Marfim, para que não retrocedam à condição de Estados em vias de desintegração política. Ele também defendeu que todos os Estados, incluindo os menos desenvolvidos, assumam compromisso amplo com um sistema universal de atendimento de saúde. Kim observou também que a Primavera Árabe demonstrou que sistemas econômicos não inclusivos, especialmente em relação aos jovens, podem desencadear instabilidade.
Fonte: Valor Econômico