247 – O comitê de Celso Russomano (PRB) reconhece que o ataque conjunto dos adversários contra o candidato à Prefeitura de São Paulo, e em especial sobre a proposta tarifária do Bilhete Único, têm sido os principais motivos para a queda do candidato nas pesquisas de intenção de voto. Segundo o Datafolha, apesar de continuar líder na disputa, Russomano caiu 10 pontos na reta final, de 35% para 25%.
O plano de cobrar a passagem de ônibus de acordo com a distância percorrida pelo passageiro é alvo constante de ataques principalmente do adversário petista, Fernando Haddad. De acordo com o ex-ministro, a ideia desfavorece a população mais pobre, que por morar na periferia da cidade, fica mais tempo dentro do ônibus para chegar ao trabalho – geralmente na região central.
"Eu penso que a ideia de cobrar menos de quem mora perto é um equívoco muito grande, que vai, inclusive, causar desemprego na periferia. Nenhum empregador que mora perto vai contratar alguém que mora longe. Ele vai aumentar os custos da empresa dele desnecessariamente. A grande vantagem do Bilhete Único foi tratar todo mundo igualmente. Acabar com a discriminação de onde você mora. Hoje não existe mais isso", criticou Haddad numa carreata realizada na zona leste, no último dia 30.
Para Marcos Pereira (PRB), coordenador da campanha de Russomano, prejudica o fato de o candidato receber tantos ataques de Haddad e José Serra (PSDB) e ter pouco tempo para rebatê-los, já que o partido tinha menos minutos na propaganda eleitoral gratuita do que as siglas dos principais adversários. "Essas mentiras que o Haddad está colocando sobre o bilhete único tem assustado as pessoas", avalia Pereira, de acordo com nota no blog Poder Online, do portal iG.
A queda do político nas pesquisas já abriu uma crise na campanha, que em parte defende a troca do marqueteiro Ricardo Bérgamo. O presidente estadual do PTB (aliado do PRB), Campos Machado, defende um convite ao publicitário Agnelo Pacheco.
Fonte: Brasil 247