Nunca nos últimos 40 anos tantas indústrias foram obrigadas a fechar suas portas ou reduzir sua produção no mundo como neste ano. A ociosidade no setor industrial chega a quase 48% da capacidade instalada na Rússia, 39% no Japão e 32% nos Estados Unidos. A realidade do setor industrial indicaria que qualquer plano de investimentos de empresas para ampliar a produção serão adiados em pelo menos dois anos. No Brasil, a taxa de ociosidade da indústria seria de 24%.
Os dados são do Banco Mundial (Bird) e farão parte dos debates que começam hoje entre os maiores BCs do mundo na Basileia. Os xerifes das finanças internacionais discutirão formas de superar a crise, garantir uma retomada sustentável e, principalmente, debater propostas para evitar que uma nova crise financeira se repita. O Brasil será representado pelo presidente do BC, Henrique Meirelles.
Para os economistas do Banco Mundial, a capacidade ociosa da indústria mundial atingiu nos últimos seis meses sua taxa mais alta desde que o índice começou a ser avaliado em 1970. A paralisação de fábricas é resultado de dois fenômenos: primeiro, os investimentos sem precedentes realizados por indústrias nos principais mercados nos últimos cinco anos, em uma aposta de que o crescimento da economia mundial seria sustentável e que a explosão do consumo nos países emergentes justificaria a ampliação de fábricas, compras de equipamentos e principalmente uma maior produção.
Mas o segundo fenômeno foi a queda acentuada da economia mundial a partir de setembro de 2008 e uma retração no consumo. O resultado foi a queda nas vendas, nas exportações e nas receitas de companhias. Na Espanha, Estados Unidos ou Japão, férias coletivas foram declaradas e as demissões em grandes empresas são praticamente diárias. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que, entre 2007 e o final de 2009, 59 milhões de pessoas perderão seus postos de trabalho pelo mundo. A própria entidade alerta que, se políticas de promoção do setor industrial não forem adotadas pelos governos, a retomada dos mesmos índices de desemprego dos meses anteriores à crise poderá levar entre seis e oito anos.
Na Espanha, onde há 18% de desempregados, apenas 73% da capacidade industrial está sendo utilizada. Nos Estados Unidos, a taxa de utilização caiu de 78% para 68% em menos de um ano. Em abril, a queda na produção americana havia sido de 13%. Na zona do euro, 75% da capacidade está em uso. Na Alemanha, maior exportadora do planeta, a taxa é de 77%.
Os alemães vêm sofrendo com a queda de suas vendas ao mundo. Em países que haviam baseado seu crescimento nas exportações, a queda também é acentuada. Na Tailândia, apenas 56% das máquinas estão em operação. Na Coreia, que viu suas exportações desabarem, a taxa é de 68%. A Organização Mundial do Comércio (OMC) estima que as exportações no mundo sofrerão uma redução de 9% em 2009. Já o Banco Mundial aposta em uma queda de 10%.
O caso mais grave é o da Rússia, pelo menos entre as maiores economias. Segundo os dados, apenas 52% da capacidade industrial está em funcionamento. Não por acaso, a previsão é de uma queda acentuada do PIB do País em 2009. Na América Latina, a taxa apresenta uma forte variação entre os países. O México é o melhor posicionado, com um índice de 77% de sua capacidade em uso. No Brasil, seria de 76%, contra 74% na Argentina. Já o Peru tem uma taxa de apenas 56%.
Para os economistas do Banco Mundial, as empresas simplesmente não têm por que pensar em voltar a investir enquanto observam que nem mesmo suas plantas industriais estão sendo plenamente utilizadas. Em média, a queda da produção nos países ricos foi de 35% em fevereiro desde ano, o ponto considerado como o "fundo do poço" da crise. Sem contar os dados chineses, que não foram incluídos no estudo, a produção industrial mundial sofreu uma retração de 18% em fevereiro deste ano.
Os dados são do Banco Mundial (Bird) e farão parte dos debates que começam hoje entre os maiores BCs do mundo na Basileia. Os xerifes das finanças internacionais discutirão formas de superar a crise, garantir uma retomada sustentável e, principalmente, debater propostas para evitar que uma nova crise financeira se repita. O Brasil será representado pelo presidente do BC, Henrique Meirelles.
Para os economistas do Banco Mundial, a capacidade ociosa da indústria mundial atingiu nos últimos seis meses sua taxa mais alta desde que o índice começou a ser avaliado em 1970. A paralisação de fábricas é resultado de dois fenômenos: primeiro, os investimentos sem precedentes realizados por indústrias nos principais mercados nos últimos cinco anos, em uma aposta de que o crescimento da economia mundial seria sustentável e que a explosão do consumo nos países emergentes justificaria a ampliação de fábricas, compras de equipamentos e principalmente uma maior produção.
Mas o segundo fenômeno foi a queda acentuada da economia mundial a partir de setembro de 2008 e uma retração no consumo. O resultado foi a queda nas vendas, nas exportações e nas receitas de companhias. Na Espanha, Estados Unidos ou Japão, férias coletivas foram declaradas e as demissões em grandes empresas são praticamente diárias. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que, entre 2007 e o final de 2009, 59 milhões de pessoas perderão seus postos de trabalho pelo mundo. A própria entidade alerta que, se políticas de promoção do setor industrial não forem adotadas pelos governos, a retomada dos mesmos índices de desemprego dos meses anteriores à crise poderá levar entre seis e oito anos.
Na Espanha, onde há 18% de desempregados, apenas 73% da capacidade industrial está sendo utilizada. Nos Estados Unidos, a taxa de utilização caiu de 78% para 68% em menos de um ano. Em abril, a queda na produção americana havia sido de 13%. Na zona do euro, 75% da capacidade está em uso. Na Alemanha, maior exportadora do planeta, a taxa é de 77%.
Os alemães vêm sofrendo com a queda de suas vendas ao mundo. Em países que haviam baseado seu crescimento nas exportações, a queda também é acentuada. Na Tailândia, apenas 56% das máquinas estão em operação. Na Coreia, que viu suas exportações desabarem, a taxa é de 68%. A Organização Mundial do Comércio (OMC) estima que as exportações no mundo sofrerão uma redução de 9% em 2009. Já o Banco Mundial aposta em uma queda de 10%.
O caso mais grave é o da Rússia, pelo menos entre as maiores economias. Segundo os dados, apenas 52% da capacidade industrial está em funcionamento. Não por acaso, a previsão é de uma queda acentuada do PIB do País em 2009. Na América Latina, a taxa apresenta uma forte variação entre os países. O México é o melhor posicionado, com um índice de 77% de sua capacidade em uso. No Brasil, seria de 76%, contra 74% na Argentina. Já o Peru tem uma taxa de apenas 56%.
Para os economistas do Banco Mundial, as empresas simplesmente não têm por que pensar em voltar a investir enquanto observam que nem mesmo suas plantas industriais estão sendo plenamente utilizadas. Em média, a queda da produção nos países ricos foi de 35% em fevereiro desde ano, o ponto considerado como o "fundo do poço" da crise. Sem contar os dados chineses, que não foram incluídos no estudo, a produção industrial mundial sofreu uma retração de 18% em fevereiro deste ano.
Fonte: Jornal do Comércio