O Novo Mercado, mais alto grau de governança corporativa a que são submetidas as companhias de capital aberto no Brasil, deve receber três novas integrantes até o fim deste mês.
As empresas são originárias da cisão da mineradora MMX, do empresário Eike Batista, cujo processo de cisão parcial de ativos foi aprovado pelos sócios em meados de junho. Com a concretização do processo, as ações da nova MMX, da LLX, da área de logística, e da Iron X passarão a ser negociadas separadamente no mercado. Iron X e LLX já conseguiram perante a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) os seus registros.
A mineradora Anglo American está finalizando o processo de aquisição total da Iron X.
Os principais negócios da LLX são portos. Eles estão localizados em áreas consideradas estratégicas do País. Todos estão na região Sudeste, onde se concentra o maior PIB (Produto Interno Bruto) e a maior atividade comercial brasileira. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, no ano de 2005, essa região foi responsável por movimentar aproximadamente 27% de todo o volume de produtos exportados e 41% de todos dos contêineres movimentados no Brasil
De acordo com dados da LLX, entre 2001 e 2005, o PIB cresceu anualmente 2,4%. No mesmo período, o número de contêineres movimentados apenas no Porto de Santos aumentou, em cada um dos anos, quase dez vezes mais.
Movimentando o mercado
O fundador da MMX, Eike Batista, tem protagonizado alguns movimentos importantes no mercado de capitais do País.
O mais recente deles foi o IPO (oferta pública inicial de ações, na sigla em inglês) da empresa de óleo e gás OGX. A estréia da companhia na Bovespa, que aconteceu em 13 de junho, movimentou R$ 6, 7 bilhões. Foi o maior volume captado em uma abertura de capital na bolsa brasileira. Cada ação da OGX foi negociada a R$ 1.131. A operação foi coordenada pelo banco UBS Pactual.
Fonte: Gazeta Mercantil - 18 JUL 08
