Depois de apoiar a paralisação nas primeira 24 horas, o Sindisan resolveu retornar ao trabalho e dar um prazo até o dia 3 para que os clientes analisassem a reivindicação dos caminhoneiros de 22% de reajuste no valor do frete. No entanto, os trabalhadores do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos da Baixada Santista (Sindicam) não aceitaram a proposta e resolveram manter a paralisação.
O presidente do Sindicam, José Luiz Ribeiro Gonçalves, nega que os autônomos tenham depredado caminhões e afirma que o movimento mantém a força mesmo sem o apoio das transportadoras. "Os autônomos correspondem a 65% do movimento do transporte rodoviário da região, com cinco mil pessoas e 6 mil caminhões", argumenta Gonçalves.
Segundo ele, embora o movimento nacional tenha encerrado com a retomada das negociações para revisão do valor do quilômetro rodado, os caminhoneiros do Porto de Santos enfrentam outros problemas além do aumento do óleo diesel. Ele cita a demora no recebimento de cargas pelos terminais, e a falta de remuneração e de locais adequados para que os trabalhadores permaneçam durante o tempo de espera.
Fonte: Agência Estado - 26 JUN 08