Ele destacou que, no entanto, antes de se investir em outra opção de transporte como ferrovias, foi necessário recuperar as rodovias, responsáveis por 60% do transporte de cargas no país.
"Estabelecemos como prioridade recuperar aquilo que nós possuíamos e que era mais eficaz e mais utilizado para o transporte de carga. No início de 2005, fomos intensamente criticados porque estávamos fazendo a operação tapa-buracos. Ora, quem lida com isso sabe que operação tapa-buracos, nada mais é do que a manutenção das rodovias", disse o ministro.
"Agora nós montamos um projeto que prevê a recuperação dos investimentos em hidrovias e ferrovias. Nosso expectativa é de que, até 2025, tenhamos um equilíbrio de, aproximadamente, 30% entre os modais, para que o Brasil ganhe mais competitividade com seus produtos exportados", acrescentou.
Segundo Nascimento, ferrovias e hidrovias são modais de transporte mais baratos. "Se o custo do transporte cair, o nosso produto ganha competitividade lá fora e vamos ter uma capacidade muito maior de exportação", explicou.
O ministro lembrou que, em 2005, o modal rodoviário era responsável por 58% do transporte de carga, seguido pelo ferroviário (25%), aquaviário (13%), dutoviário (4%) e aéreo (0,4%). Até 2025, a expectativa é que o modal rodoviário responda por 33% do total, o ferroviário por 32% e o aquaviário por 29%.
Nascimento disse que, atualmente, há uma "excessiva centralização de cargas no Sul e Sudeste do país. O que significa que temos portos com gargalos sérios, com volume de cargas além da possibilidade".
Para o ministro, quando há acúmulo de grandes volumes de carga, corre-se o risco de uma prestação de serviço ruim ao usuário, o que contribui para que aumente o custo Brasil e os produtos nacionais percam competitividade. “O que pretendemos é interligar todos os serviços", disse.
Ele citou, como exemplo de proposta de interligação, a ligação entre a Rodovia Norte/Sul à Transnordestina. "Os produtos poderão ser transportados por três novos portos: Pecém, no Ceará, Suape, em Pernambuco, além de Itaqui, no Maranhão", concluiu.
Fonte: Agência Brasil - 11 JUN 08