Segunda, 03 Fevereiro 2025
A Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário (CCDI), voltada à área de incorporação imobiliária do Grupo Camargo Corrêa, anuncia a chegada às cidades de Belém, Vitória, Recife, Porto Alegre e Brasília, seguindo a estratégia de expansão territorial adotada pelos concorrentes como a Rossi Residencial, que atua em 36 cidades e Cyrela, que acaba de fechar uma joint venture para expandir na Argentina.

Ao acumular um landbank (banco de terrenos) de R$ 6,4 bilhões para novos lançamentos, a CCDI reviu metas de lançamentos até o ano que vem. Os valores saltarão de R$ 2,7 bilhões previstos anteriormente para R$ 3 bilhões. Do total, R$ 1,2 bilhão será aplicado ainda este ano. As vendas do primeiro semestre chegaram a R$ 500 milhões. "A expectativa é fazer pelo menos um lançamento por ano em novas regiões", afirma Roberto Perroni, diretor superintendente da CCDI. A empresa já atua em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Criada em 1996 para administrar os imóveis do Grupo Camargo Corrêa, a empresa ampliou sua atuação há quatro anos, quando passou a atuar no segmento de incorporação de imóveis residenciais e comerciais. Ao ingressar no Novo Mercado da Bovespa, em janeiro deste ano, a companhia captou R$ 522 milhões. Com os negócios em alta, ela acaba de fechar o primeiro semestre com uma receita de R$ 43 milhões, 54,3% maior que a do ano anterior.

Parcerias

Para atender à demanda de lançamentos, a empresa tem apostado em parcerias. A mais recente foi com o Bradesco, para financiar as vendas de conjuntos de escritórios de um empreendimento comercial que será lançado no próximo mês, em São Paulo.

A incorporadora já trabalhava com os bancos Unibanco e Itaú. "O Empresarial Jardim Sul, terá conjuntos de escritório de 35 a 500 metros quadrados. Todos serão financiados da mesma forma que os produtos residenciais", afirma Roberto.

Outra parceria em processo é com a Fernandez Mera, para terceirizar as vendas. "A terceirização nos ajuda a manter o foco na incorporação e nas estratégias de lançamentos. Trabalhamos em parcerias com a Abyara, Coelho da Fonseca e Lopes e estamos em negociações com a Fernandez Mera", ressalta o superintendente. Segundo ele, as vendas contratadas no primeiro semestre totalizaram R$ 170 milhões, praticamente o mesmo valor atingido durante o ano de 2006 (que foi de R$ 171,2 milhões).

Aquisições

Assim como as suas concorrentes Cyrela e Rossi, os próximos lançamentos da CCDI poderão ser feitos através de parceria com incorporadoras regionais. Para obter mais autonomia na gestão de preços e na comercialização dos empreendimentos, a empresa tem priorizado a aquisição de terrenos através de permutas financeiras.

Segundo o diretor, 84% dos terrenos adquiridos após a abertura de capital foram negociados desta forma. A empresa também prefere não participar de leilões.

"As permutas financeiras são mais eficientes que as físicas, pois pagamento é feito sob uma porcentagem do valor do empreendimento e não em unidades. Com isso, ficamos livres para fazer eventuais mudanças em tamanhos e preços dos imóveis, o que nos dá total controle sobre a comercialização", afirma Perroni.

Ampliação em São Paulo

Ampliar sua atuação no Estado de São Paulo também tem sido uma das metas, com aquisições recentes em Ribeirão Preto, Taboão da Serra, Bertioga e São Vicente.

A empresa tem investido em parcerias com prefeituras para projetos de urbanização e revitalização de áreas para conseguir terrenos atrativos, em regiões que não concorram entre si.

"Estamos procurando voltar nossos lançamentos a bairros diferenciados. Investimos R$ 5 milhões para urbanizar uma área no bairro do Jardim Sul, em São Paulo, e acabamos de fechar uma parceria com a prefeitura de Osasco, onde faremos a construção de uma avenida próxima a um empreendimento que vamos lançar no mês que vem", afirma.

O segmento de média renda já corresponde a 43% dos próximos lançamentos da empresa.

"Estamos estudando entrar no segmento de baixa renda, com imóveis de R$ 40 mil a R$ 100 mil. Já adquirimos terrenos com esta intenção, mas estamos analisando a melhor forma de atuar, pois as margens e o modelo de negócios são diferentes do que estamos atuando", conclui Roberto Perroni.

Fonte: DCI - 23 AGO 2007
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