As mudanças, as primeiras em 30 anos, dão um direcionamento mais claro aos funcionários do FMI e aos países-membros sobre o gerenciamento das políticas cambiais. "A nova decisão reflete as melhores práticas atuais do nosso trabalho de monitoramento das políticas de câmbio dos membros e das políticas econômicas domésticas", relatou Rato em seu discurso em Montreal.
Ele declarou que, apesar de o monitoramento do FMI continuar a se concentrar em manipulação e intervenção no mercado, o FMI vai agora garantir que "um membro deva evitar as políticas de câmbio que resultem em instabilidade externa".
Acrescentou que é importante que as revisões sejam aceitas pela maioria dos países e apontou um novo princípio pelo qual os membros do FMI deveriam evitar políticas cambiais que possam causar instabilidade externa.
Questionado sobre como o FMI vai julgar se os países estão se mantendo no critério, Rato apontou sete "indicadores", incluindo intervenção em larga escala nas cotações e prolongado déficit ou superávit em conta corrente.
O FMI poderá convocar um determinado país para conversas se as políticas infringirem as regras.
Bancos centrais
Rato também alertou que os bancos centrais de todo o mundo devem continuar vigilantes com a inflação. "Os bancos centrais devem continuar sendo muito vigilantes com as pressões inflacionárias, em todos os lugares", disse a jornalistas.
Rato acrescentou que um recente aumento das taxas de juros de longo prazo em todo o mundo não impõe uma ameaça ao crescimento econômico.
Fonte: Gazeta Mercantil - 19 JUN 07