SÃO PAULO – O crescimento de 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB) registrado no primeiro trimestre deste ano, quase a mesma taxa prevista pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) de 4,4% para 2007, é insuficiente para impulsionar o País no ranking das maiores economias do mundo, tirá-lo da lanterninha entre os Brics e colocá-lo em posição de destaque na América Latina, concordam especialistas.
Se o Brasil crescer 4,4% este ano, o PIB deverá somar US$ 1,177 trilhão, segundo os cálculos do FMI. Com isso, o País ficará na 10ª colocação entre as maiores economias do planeta, exatamente na mesma posição do ano passado, à frente da Rússia e da Índia.
Mas, segundo o economista-chefe da RC Consultores, Marcel Pereira, essa colocação está ameaçada. “Com crescimento na faixa de 7% ao ano, o valor total do PIB da Rússia poderá ultrapassar o do Brasil até o fim do ano que vem. Para manter-se à frente da Rússia, o País terá de crescer 5,5% neste ano e no próximo”, prevê o economista.
Entre as 180 economias listadas pelo FMI de acordo com as taxas de crescimento, o atual ritmo de expansão do PIB coloca o Brasil na 115ª posição, ante a 131ª colocação obtida no ano passado.
No conjunto de países da América Latina, também o País elevou a sua classificação em termos de taxa de crescimento. Em 2006 ocupou a 17ª posição e, neste ano, subiu para 13ª, num ranking encabeçado pela Argentina, que deve crescer 7,5%. Pereira, da RC pondera que a revisão dos critérios do PIB, ajudou a melhorar a classificação do Brasil entre os países da América Latina.
Em 2006, a taxa de crescimento do PIB nacional superou apenas o desempenho do Haiti. Neste ano, o Brasil deve crescer mais que o México, Paraguai, Equador, Nicarágua, Belize e Haiti.
Fonte: Jornal do Commercio - 14 JUN 07