Cada vez mais o cotidiano da sociedade e das empresas será tomado pelos avanços tecnológicos, para o bem e para o mal. Um desses, que promete deslanchar nos próximos anos, é o uso dos veículos aéreos não tripulados (Vants) ou drones - todo e qualquer tipo de aeronave que pode ser controlada nos três eixos e que não necessite de pilotos embarcados para ser guiada.
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As autorizações de voo para drones ficarão ainda mais ágeis, segundo informações do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. Ágil não deve significar, em hipótese alguma, relaxamento na regulamentação e, principalmente, na fiscalização. Tal preocupação advém do perigo que esses veículos podem significar para as aeronaves que estão no espaço aéreo brasileiro o tempo todo. Estamos falando em evitar acidentes, tragédias.
No dia 14 último, por exemplo, a presença de um drone próximo da pista de pouso levou ao fechamento do Aeroporto de Congonhas, na capital paulista, por mais de duas horas. Isso afetou 41 voos, com prejuízo para passageiros e empresas. Mais do que regulamentação rigorosa, tal incidente mostra que o uso dos Vants deve vir com uma rigorosa fiscalização, sem "vistas grossas" de nenhum tipo.
Importante dizer que um drone de pequeno porte e na altitude em que se encontrava não é detectado pelos radares do aeroporto. Ele foi detectado por dois pilotos.
Portanto, a regulamentação do uso dos drones não será suficiente para evitar acidentes com essas aeronaves não tripuladas. A facilidade para se adquirir um equipamento desse por pessoas não habilitadas vai exigir novas e eficientes tecnologias de monitoramento que interceptem os riscos. Multas severas devem ao mesmo tempo penalizar os abusos e descumprimentos da lei.