Em artigo publicado recentemente na revista CartaCapital, Luiz Gonzaga Belluzzo e Gabriel Galípolo discutem a contradição em que o País mergulha ao preparar, como eles definem, uma "asfixia do Orçamento", enquanto Alemanha, Coreia, Japão, China e Estados Unidos apostam na dupla Estado e universidade para alavancar a indústria de seus países.
Os especialistas afirmam que nos países de industrialização tardia, caso do Brasil, "não há exemplo de renúncia a políticas deliberadas de reestruturação produtiva ou estímulo à modernização e à conquista de mercados".
Belluzzo e Galípolo argumentam que o encolhimento dos recursos públicos condena o País a um papel de "lanterninha", por exemplo, na nova corrida rumo à indústria 4.0. Nos países já mencionados neste texto, há uma forte integração e apoio do Estado e da academia na área de pesquisa e desenvolvimento (P&D). O Brasil fora dessa lógica significa perder competitividade, capacidade de inovação, e deixar de fazer ciência e de criar oportunidades de desenvolvimento.
A qual século o Brasil quer pertencer?