Pousado na China, na sexta aterrissagem desde que partiu de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, no dia 9 de março último, o avião Solar Impulse 2 prepara sua grande travessia do Oceano Pacífico, programada para ser realizada em cinco dias e cinco noites. Para dar a volta ao mundo, voando uma distância de 35.000 km , está prevista uma jornada de cinco meses, com retorno ao ponto de partida, sem consumir uma gota de combustível.
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Com mais de 17.000 células solares ao longo da fuselagem e dos topos das suas asas que medem de uma extremidade a outra 72 metros, maior que a de um Boing 747,o Solar Impulse 2, com peso de 2,5 toneladas, armazena a energia durante o dia para alimentar os motores propulsores durante a noite, e viaja normalmente a velocidades não superiores a de um carro em uma estrada.
No comando da ultramoderna aeronave está o piloto de caça reformado André Borschberg, que se reveza com o engenheiro suíço Bertand Piccard, que fez parte da equipe que deu a volta ao mundo sem parar, em um balão em 1999.
O compacto cockpit carrega o essencial para a viagem – alimento e água suficientes para uma semana -, paraquedas, bote salva-vida e garrafas de oxigênio para caso de emergência. Por causa das características da aeronave, as condições climáticas são extremamente importantes e isso tem prolongado as esperas em solo, para a próxima partida. Mas, enquanto espera para a próxima partida, a equipe aproveita o tempo treinando a travessia do Pacífico, que eles consideram “o momento da verdade”.
O Solar Impulse 2 está para o voo do avião sem combustível, assim como o 14 Bis foi para o voo de um veículo mais pesado que o ar. "O avião está pronto. O centro de controle da missão está pronto. Nós estivemos esperando por esse momento desde tanto tempo ", disse Piccard