Vivemos a maior mudança de paradigma, no tempo e no espaço, da história da humanidade. A ficção científica do século passado está se tornando realidade. Por exemplo, imaginemos veículos circulando por ruas e avenidas, sem ruído e qualquer poluição por queima de combustível. Pois é, o grafeno - o mais fino e forte material da Terra - vai possibilitar o uso de hidrogênio como combustível limpo e renovável para o transporte. Cientistas na Inglaterra - liderados pelo Nobel da Física de 2010, sir André Geim, da Universidade de Manchester, que isolou o grafeno em 2004 - concluíram que no futuro membranas desse composto de átomos de carbono poderão ser usadas para "peneirar" gás hidrogênio da atmosfera e gerar eletricidade.
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A propriedade desse material da espessura de um átomo atua como um filtro que permite a passagem de prótons como o do hidrogênio e bloqueia a passagem de outros átomos e moléculas, como gases e líquidos. Na sua experiência, os cientistas conseguiram coletar prótons em um lado de uma membrana; bloquear e coletar átomos do outro lado, acumulados em uma câmara.
Usando essa membrana, células de combustível podem extrair hidrogênio do ar para ser queimado e mover veículos, sem emissão de poluição. Essa propriedade também pode ser usada para extrair hidrogênio da atmosfera e com células de combustível possibilitar que geradores portáteis possam gerar eletricidade. O Brasil possui talvez a maior reserva de grafeno do mundo.