Fotos: Maritime New Zealand
O mau tempo tem deslocado o navio Rena desde que ficou preso ao largo da costa da Nova Zelândia no dia 5 de outubro último. A fuga de óleo agravou-se de forma substancial. As informações a seguir são do site português SOL.
“Este acontecimento chegou a um ponto tal que se tornou no desastre marítimo e ambiental mais significativo da Nova Zelândia”, disse hoje o ministro do Meio Ambiente Nick Smith, acrescentando que a limpeza vai demorar semanas. Informou também que foram derramadas 350 toneladas de óleo desde terça-feira, uma taxa cinco vezes pior do que nos primeiros dias.
Os aglomerados de óleo destruíram a paisagem das praias de Tauranga, no norte da Nova Zelândia, e as autoridades ambientais avançaram hoje que 53 aves foram encontradas mortas e 17 receberam tratamento de emergência para remoção do óleo das penas.
Na segunda-feira, o navio deslocou-se, espalhando centenas de toneladas de petróleo a partir de uma ruptura no casco, avançou Nick Bohm, um porta-voz da Marinha da Nova Zelândia, que está a gerir a resposta de emergência.
Bohm, disse que uma equipa de resgate teve que ser removida do navio esta manhã. As ondas vão atingir os 5 metros, o que tornaria as operações muito perigosas. Com as equipas a atuarem longe do navio, o bombeamento do petróleo para fora do navio não pode ser realizado.
“Nós estamos em modo de espera, mas atentos ao que vai acontecendo com o navio. A equipe voltará ao navio o mais rápido possível”, disse.
Há indicação de que mergulhadores irão amanhã ao navio, para inspecionar os danos no casco.
O navio foi-se afundando, desde que encalhou num recife, a cerca de 22 quilômetros de Tauranga Harbour.
O governo abriu um inquérito para investigar a razão do choque, visto o recife estar bem demarcado e as condições climatéricas não serem propícias a tal acidente.
A Marinha da Nova Zelândia emitiu um comunicado, no qual refere que a limpeza das praias começou nesta terça-feira de manhã e que chegariam mais equipas amanhã, dia em que está previsto o petróleo chegar à costa em maiores quantidades.
Jen Riches, funcionária do grupo ambientalista WWF, disse haver grande preocupação com o destino de focas e aves, bem como com o de ave local que já se encontra em vias de extinção.
“Se eles não conseguirem tirar o óleo do navio, e este acabar no oceano, vai ser um desastre para a fauna marinha, para as pessoas e para a Nova Zelândia”, disse.
O navio Rena foi construído em 1990 e levava também 1.351 contentores de bens quando encalhou, segundo os proprietários.