Sexta, 26 Abril 2024

A péssima administração dos Órgãos Gestores de Mão de Obra (Ogmos) nos portos brasileiros é tema constante no noticiário do PortoGente. O escândalo da vez vem do Ogmo Manaus (AM), sob denúncia do ex-assessor jurídico da entidade, José Lourenço Gadelha. Ele acusa o diretor-executivo do Ogmo (leia na íntegra), Elso Simões de Oliveira, de irregularidades gravíssimas na gestão do dinheiro dos trabalhadores avulsos.

 


Ex-assessor jurídico encaminhou acusações ao MPF

 

Gadelha protocolou documento no Ministério Público do Trabalho da 11ª Região, na Procuradoria da República, na superintendência da Polícia Federal do estado do Amazonas e no Conselho de Supervisão do Ogmo apontando inúmeros atos irregulares praticados por Elso Simões de Oliveira.

 

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No material entregue às autoridades e que pode ser visto no PortoGente, Gadelha expõe o que chama de “falcatruas” na venda da folha de pagamento dos trabalhadores portuários de Manaus, que antes era feito pelo banco HSBC, para o Santander. Segundo Gadelha, entre aqueles que lucraram com a operação estão Elso Simões, o presidente da Federação Nacional dos Estivadores (FNE), Wilton Barreto, e o presidente do Sindicato dos Estivadores de Manaus, Claudovaldo Farias Barreto.

 


Segundo Gadelha, representantes dos
estivadores participaram do rateio de dinheiro

 

As acusações não param por aí. Ele argumenta que Elso Simões plantou cláusulas no contrato de serviços jurídicos de Gadelha para poder comprar mobílias com verba do Ogmo, contratou seu sobrinho para prestar assistência nos aparelhos de ar condicionado do Órgão Gestor – e ainda recebeu comissão – e aumentou seu próprio salário, “dilapidando o patrimônio do Ogmo e dos trabalhadores portuários avulso [sic]”.

 

Embora beneficiado pelas atitudes de Simões em vários momentos, Gadelha está levando as supostas irregularidades ao conhecimento das autoridades por ter sido “apunhalado pelas costas” pelo atual diretor-executivo do Ogmo.

 

A denúncia chegou à redação de PortoGente por meio do presidente do Sindicato dos Empregados na Administração dos Serviços Portuários de Manaus (Sindporto), Rui Martinho Teixeira Johnson, que lamenta o Ogmo de Manaus ser o “mais complicado do Brasil”, em sua avaliação.

 

Johnson conta que Elso Simões abusa de sua autoridade e corrobora o que salienta Gadelha na denúncia, indicando que o diretor-executivo “bate no peito e diz que nada lhe acontece, pois tem um irmão desembargador dr. Yedo Simões de Oliveira e outro irmão juiz dr. Elcy Simões de Oliveira”. O presidente do Sindport garante que Simões usa de seu tráfico de influência e ignora as ações de sua representação dos trabalhadores e também os pedidos da Federação Nacional do Portuários (FNP).

 


Elso Simões é protegido por irmãos, segundo denúncia

 

PortoGente espera que as denúncias sejam devidamente apuradas e os culpados - caso existam - exemplarmente punidos, em prol da comunidade portuária nacional. Em caso de comprovação dos desvios de verba, é fundamental que o Ogmo Manaus seja ressarcido, sendo devolvido aos cofres da entidade o dinheiro que lhe é de direito.

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