Por uma bagatela de R$ 450 milhões, a Caixa Econômica Federal tornou-se sócia do Grupo Coimex na construção do terminal da Embraport, projeto revolucionário que prevê a movimentação de todo o tipo de mercadorias em uma área de 800 mil m² aterrada na parte continental do Porto de Santos. O anúncio foi feito pela diretoria da empresa e pelo ministro dos Portos, Pedro Brito, na última segunda-feira (27).
O dinheiro será disponibilizado por meio do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FI-FGTS), administrado pela Caixa e criado no ano passado para dar sustentabilidade ao Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Depois de meses de negociação, o acordo foi firmado na semana passada, informou o vice-presidente do Grupo Coimex, Orlando Machado Júnior.
Orlando deixou claro que foi seu grupo que procurou a Caixa para propor uma parceria. Além disso, o executivo garantiu que o dinheiro a ser ofertado pelo FI-FGTS formará o capital social da Embraport, não sendo usado nas obras de construção do complexo. A Caixa ficará com parte dos lucros do terminal depois que este entrar em operação, mas Orlando se negou a dizer quanto.
“Não se trata de procurar alguém porque estamos, supostamente, sem dinheiro. Isso não existe e assinamos o acordo com o FI-FGTS e a Caixa porque achamos importante ter um parceiro no projeto. Se tudo sair conforme planejamos, as obras estarão prontas em 2011. No momento, estamos avaliando o aterro, mas logo as obras avançarão, conforme o estipulado em cronograma".
O terminal da Embraport está orçado em US$ 500 milhões (R$ 1,1 bilhão) e terá capacidade para receber 1,2 milhão de contêineres, 200 mil veículos, 2 milhões de toneladas de granéis sólidos vegetais e até 5 milhões de metros cúbicos de granéis líquidos, especialmente álcool. Sozinha, a Embraport movimentará 10 milhões de toneladas por ano.
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