Em defesa de portos e aeroportos desenvolvidos e modernos, em defesa do ministro Márcio França.
Algumas estratégias estão sendo tentadas pelo Centrão para criação de mal-estar no ministério do presidente Lula para conseguir novas pastas. Fizeram isso com a ministra da Saúde, Nísia Trindade Lima. Queriam o ministério para o agrupamento político, famoso pelo seu fisiologismo.
A trincheira dessas ações utiliza a imprensa tradicional para “mandar” recados de insatisfação e, portanto, riscos de votações ruins para o governo no Parlamento.
A “bola da vez” é o ministro Márcio França, de Portos e Aeroportos. Nome, inclusive, bem recebido e totalmente aprovado pela comunidade aeroportuária do Brasil e do mundo.
Em 15 de julho último, inclusive, o jornal Estadão trouxe texto e imagem onde coloca o ministro Márcio França como “alvo” do Centrão. Triste Brasil se ficarmos reféns dos humores e fomes de agrupamentos políticos que não têm o bem-estar da economia e do povo brasileiros como principal motivo de existência.
Nesse sentido, o lendário líder sindical portuário, hoje vereador à Câmara Municipal de Santos, cidade onde está o maior porto do hemisfério Sul, Benedito Furtado, enviou, em 17 de junho último, uma carta pessoal ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ele pode chamar de “companheiro”, pois já participaram de diversas lutas sindicais, nas décadas de 1980 e 1990, juntos.
A seguir, transcrevemos a carta:
“Excelentíssimo Senhor
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Presidente da República Federativa do Brasil
Caro Companheiro,
Tem o presente a finalidade de expor e solicitar ao caro parceiro de lutas, sonhos e utopias o que abaixo segue:
Circulam, nos bastidores dos veículos de comunicação e redes sociais do País, notícias que o seguimento dos trabalhadores portuários de todo o Brasil, além daqueles que prezam e respeitam as boas práticas administrativas e políticas, consideram uma catástrofe, um retrocesso, para as relações do Governo Federal com a comunidade portuária e a estabilidade do necessário equilíbrio operacional e administrativo dos nossos Portos, sem falar na possibilidade de presenciarmos novamente a volta do fantasma da privatização que imaginávamos ter sido definitivamente expulso do meio portuário.
Trata-se da possibilidade de seu governo entregar ao famigerado "Centrão" o recém-criado Ministério dos Portos e Aeroportos, hoje sob o comando do competente, eficiente e combativo Ministro Márcio França, profundo conhecedor do sistema portuário nacional e um árduo defensor do seu governo.
E de lamentar se tal possibilidade tenha a mínima chance de prosperar. Tal fato, se vier a ocorrer, será uma profunda facada nas costas daqueles que, como nós portuários, lutamos com todas as nossas forças para elegê-lo.
Para tanto, rogamos que o caro companheiro nos receba, em audiência, para que, o mais rápido possível, possamos, a olho nu, expor pessoalmente nossas razões e contrariedades.
Solicitamos mais, caso sua agenda não permita esse nosso almejado encontro, que os famigerados boatos ora expostos sejam desmentidos, para que a paz volte a reinar na comunidade portuária do Brasil que tanto amamos.
Sem mais para o momento, aproveitamos esta oportunidade para apresentar nossos votos de estima, respeito e consideração ao nosso caro irmão de infindáveis batalhas na defesa dos trabalhadores e da democracia.
E a luta continua...”