A avaliação de riscos é uma prática administrativa que tem como objetivo identificar todas as possíveis ameaças que uma empresa pode ter que enfrentar para que suas atividades econômicas sejam devidamente executadas, mensurando os níveis desses perigos e verificando o que pode ser feito para mitigá-los.
Relacionando esse conceito com a gestão de fornecedores, é possível entender que se trata de uma prática que verifica e analisa os riscos que esse tipo de contratação pode gerar para um negócio.
Quanto a isso, vale destacarmos que as contratações de empresas fornecedoras, quando não realizadas corretamente, podem trazer para a sua companhia uma série de riscos, tais como de desabastecimento, financeiro, reputacional, jurídico, entre outros.
Um fornecedor que não entrega a matéria-prima no prazo, ou que tem as atividades interrompidas por envolvimento em práticas ilícitas, são apenas dois exemplos de situações que afetam a continuidade de negócios de qualquer empresa, concorda?
Certamente, você não quer que isso aconteça na sua, não é mesmo? Por isso, saber como realizar a avaliação de riscos de fornecedores é primordial para mitigar essas ameaças.
Em dúvida sobre como fazer isso? Siga a leitura deste artigo e confira as cinco dicas que trouxemos sobre essa prática.
O que é avaliação de riscos de fornecedores?
A avaliação de riscos de fornecedores é uma prática que objetiva identificar e analisar as ameaças que a contratação desses parceiros podem trazer para a empresa contratante. A ideia é levantar essas ameaças, mensurar seus níveis, e verificar o que pode ser feito para minimizá-las.
Quando se fala em riscos gerados por fornecedores, alguns bons exemplos são:
- risco operacional: falhas em processos, como o logístico, que afetam a entrega de produtos/serviços;
- risco social: relacionado a condutas, posturas, valores e comportamentos de uma marca e a percepção de seus stakeholders;
- risco ESG: voltada para práticas incompatíveis com questões socioambientais e de governança, tais como desrespeito aos diretos humanos e desmatamento ilegal;
- risco financeiro: acontece quando falhas nas operações do fornecedor afetam a lucratividade de quem o contratou;
- risco reputacional: surge quando problemas na imagem da marca fornecedora reflete em seus parceiros de negócio, a exemplo de participação em crimes de lavagem de dinheiro, uso de mão de obra escrava, entre outros.
O que é continuidade de negócios?
A continuidade de negócios pode ser definida como a verificação do nível de preparo que um negócio tem para manter suas operações quando algum problema ou emergência aparece.
Como exemplos de situações que podem afetar negativamente a parte operacional de um negócio, temos:
- vazamento de dados;
- desastres naturais;
- interrupção do fornecimento de água e/ou de energia elétrica;
- quebra de equipamentos;
- entre outros similares.
Uma boa gestão de continuidade de negócios é aquela que se antecipa a fatores como esses. Para isso, esse gerenciamento deve ter um plano de ação que pode ser rapidamente executado quando situações desse tipo se tornam realidade.
Como você deve estar imaginando, a qualificação de fornecedores deve fazer parte desse contexto. Afinal, quando uma empresa fornecedora não atende os critérios mínimos necessários para cumprir o que foi firmado em contrato, os riscos para seu contratante aumentam consideravelmente.
Como realizar uma boa avaliação de riscos de fornecedores?
Para realizar uma avaliação de riscos de fornecedores eficiente e, com isso, favorecer a continuidade de negócios da sua companhia, algumas das melhores práticas que você pode adotar são:
- defina quais critérios serão avaliados;
- qualifique os fornecedores adequadamente;
- verifique o custo-benefício das ameaças;
- acompanhe o desempenho desses parceiros periodicamente;
- utilize um bom software de gestão de fornecedores.
1. Defina quais critérios serão avaliados
Cada empresa é livre para definir os critérios que são mais relevantes para a formação de parcerias. Porém, é fundamental que esses pontos de análise sejam compatíveis com os valores, missão e objetivo do negócio.
Por exemplo, se as atividades da sua companhia todas são pautadas em boas práticas ESG, nada mais adequado do que buscar por um fornecedor que também atue dessa maneira, concorda?
Assim, além de evitar desentendimentos futuros que afetarão esse relacionamento comercial, você protege sua empresa de uma série de riscos ambientais, sociais e de governança.
2. Qualifique os fornecedores adequadamente
Como comentamos, a qualificação de fornecedores é um processo que está diretamente relacionado à continuidade de negócios. Isso acontece porque trazer para a cadeia de abastecimento da sua empresa parceiros que não têm capacidade de atender às suas demandas eleva as chances de parada nas suas operações.
Por isso, durante a qualificação de fornecedores, é bem importante analisar pontos como:
- qualidade dos produtos e/ou serviços oferecidos;
- nível de conformidade com leis e normas;
- capacidade produtiva e de entrega;
- saúde financeira;
- idoneidade;
- reputação;
- entre outros relacionados.
3. Verifique o custo-benefício das ameaças
Em maior ou menor grau, todo fornecedor tende a trazer certo nível de risco para quem o contrata. Uma análise que precisa ser feita para garantir a continuidade do negócio é verificar quanto essas ameaças são aceitáveis ou não.
Essa decisão também tem a ver com o tipo de fornecedor. Por exemplo, uma empresa fornecedora monopolista — que comercializa produtos/serviços exclusivos e não tem concorrentes — pode elevar o risco de desabastecimento.
Porém, se sua empresa depende dela para entregar as soluções que comercializa, acaba sendo necessário assumir esse risco.
O segredo aqui é avaliar o custo-benefício da parceria, verificando se vale a pena ou não absorver as ameaças e, paralelo a isso, pensar em um bom plano de ação para mitigar potenciais impactos que possam surgir.
4. Acompanhe o desempenho desses parceiros periodicamente
Ainda que o fornecedor tenha atendido todos os critérios de qualificação da sua empresa e, por isso, foi contratado, não se esqueça que esse cenário pode mudar com o passar do tempo.
Infelizmente, com o passar dos meses a empresa fornecedora pode ter problemas legais, de compliance, reputacionais, jurídicos, entre outros, que podem afetar seriamente o funcionamento da sua.
Por isso, é fundamental acompanhar o desempenho desses parceiros durante todo o tempo que tiverem contrato ativo.
5. Utilize um bom software de gestão de fornecedores
O fato é que a gestão de fornecedores é repleta de atividades que, se forem realizadas manualmente, demandam tempo e elevam as chances de erros. Inclusive, dependendo do porte da empresa e da quantidade de parceiros que tem a rede de abastecimento, realizar os processos manuais é praticamente impossível.
Desse modo, a melhor maneira de avaliar riscos e garantir a continuidade de negócios é utilizando um bom software de gestão de fornecedores.
Quanto mais completa e robusta for essa ferramenta, mais funcionalidades traz. Isso ajuda a otimizar o tempo da avaliação desses parceiros, além de aumentar a produtividade dos profissionais responsáveis por contratá-los.
Como resultado, você consegue compor uma cadeia de abastecimento muito mais sólida, segura e alinhada com os princípios, valores e necessidades da sua empresa.
Este artigo foi escrito pela Linkana, a primeira fundação de dados de fornecedores compartilhada do Brasil. Nossa base de dados de perfis universais de fornecedores permite que compradores analisem e homologuem fornecedores com apenas alguns cliques!