Atitudes simples do dia a dia podem prejudicar o bem-estar, causando dores nas costas e no pescoço
Que atire a primeira pedra quem nunca sentiu dor nas costas, ao menos, uma vez na vida. Cada vez mais frequente, o problema tem se tornado uma verdadeira epidemia. Segundo dados do Google, neste ano, houve aumento de 76% na busca pelo termo “dor nas costas” entre os meses de fevereiro e maio.
São muitos os motivos que causam o problema, sendo que o trabalho e o estudo remoto têm colaborado para o avanço das alterações posturais. Sentar-se corretamente é um dos primeiros passos para prevenir dores nas costas, mas não é a única medida a ser tomada.
Prevalência do problema
Um estudo conduzido por pesquisadores da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, da Fundação Oswaldo Cruz, e divulgado no Caderno de Saúde Pública, em 2015, aponta que a dor na lombar pode atingir até 65% das pessoas de variadas idades, todos os anos.
Além disso, até 84% das pessoas vão se queixar desse mal em algum momento da vida, sendo que a prevalência da dor pontual é de, aproximadamente, 11,9% em todo o mundo. As dores nas costas causam grande demanda no sistema de saúde e são, portanto, uma preocupação médica.
Menos de 60% das pessoas que sentem dor nas costas procuram ajuda médica especializada, o que pode agravar ainda mais a condição, levando à cronicidade e à ausência da busca pela solução do que causa a dor.
O problema é multifatorial e influenciado por variantes, como idade, gênero, renda e escolaridade, além de estado de saúde, estilo de vida, comportamento (sedentarismo, tabagismo, sobrepeso), ocupação (esforço físico pesado, movimentos repetitivos, muito tempo em pé ou sentado), entre outros.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que as dores da coluna são a segunda condição de saúde mais prevalente no Brasil (13,5%), dentre os problemas crônicos identificados por algum médico ou profissional de saúde, atrás apenas da hipertensão (14%).
Essas informações mostram o quanto a questão é importante e precisa ser tratada adequadamente. No entanto, o que causa a dor nas costas e quais hábitos podem ser modificados para evitar que ela aconteça?
Mudanças no dia a dia
Além da falta de uma estrutura ergonômica para a realização do trabalho ou dos estudos em casa, outros pontos podem comprometer a saúde da coluna e causar dores.
Sentar de forma incorreta: ficar todo torto na cadeira, na poltrona, no sofá ou mesmo na cama pode até ser um pouco confortável momentaneamente, mas, a longo prazo, é um veneno para a saúde das costas. Reveja a postura e cuide-se de olho no futuro.
Travesseiro muito alto ou muito baixo: passamos 1/3 das nossas vidas dormindo, por isso a postura que adotamos enquanto estamos repousando também conta. Ter um colchão com densidade adequada ao nosso peso e um travesseiro com altura compatível ao nosso biótipo é essencial. O médico ortopedista, especialista no sono ou fisioterapeuta pode orientar sobre as melhores opções.
Sedentarismo: fomos projetados para nos movimentar. Ficar muito tempo parado, além de aumentar o peso e a carga na coluna, enfraquece a musculatura abdominal. Músculos fracos dão pouca sustentação à nossa estrutura e favorecem o surgimento de dores. No entanto, a prática de atividade física sem a correta orientação também aumenta a chance de lesão e dores.
Uso constante de salto alto: o acessório deixa qualquer mulher mais elegante, mas é um inimigo da boa postura. Deixar o salto de lado e usá-lo apenas em ocasiões especiais ajuda a manter a saúde das costas.
Carregar bolsa pesada: levar muitos itens e pendurar a bolsa em um único lado do corpo descompensa a coluna. O ideal é dividir a carga nos dois ombros, em uma mochila, e, preferencialmente, não carregar muito peso.
Usar sutiã inadequado: mulheres com seios grandes devem priorizar o uso de tops ou sutiãs com boa estrutura e alças largas. Uma peça inadequada pode prejudicar a saúde das costas e a postura, causando dores.
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