Esse tipo de calçado está presente na história há mais tempo do que você imagina
Se tem um calçado que combina com tudo é a famosa rasteirinha. Com calça jeans ou vestido, ela acaba dando um ar mais despojado ao look, sem perder a beleza. Hoje em dia, os modelos são dos mais variados, sem falar dos materiais usados na sua fabricação.
Contudo, você conhece a história das rasteirinhas? Esse calçado aparentemente simples já faz parte do vestuário de homens e mulheres há mais tempo do que você pode imaginar.
Para se ter uma ideia, elas já foram até usadas como símbolo de diferenciação de classes sociais. O tempo passou, a moda se reinventou, mas as rasteirinhas continuam com tudo, ainda mais em lugares quentes e tropicais, como o Brasil.
História
De modo geral, os pesquisadores apontam para o surgimento dos primeiros calçados em meados de 10 mil a.C., no final da Era Paleolítica. Nesse momento, os sapatos tinham exclusivamente o objetivo de proteger os pés do calor, do frio e dos diferentes relevos percorridos pelos seres humanos.
Com o desenvolvimento das sociedades, o calçado deixou de ter apenas o valor de objeto de proteção para os pés e passou a simbolizar a classe social — nobreza, clero, militar, pessoa comum, etc — da qual a pessoa fazia parte.
A criação de um padrão numérico para os calçados acontece durante o reinado de Eduardo I, na Inglaterra, por volta do ano 1972 em diante. Segundo o rei, uma polegada seria o equivalente a três grãos de cevada colocados em fileira — tal medida se mantém até os dias de hoje.
No caso das rasteirinhas, sua presença parece ser difusa em diferentes povos ao redor do mundo, da Europa à África, como egípcios, gregos e romanos, por exemplo. Esses últimos usavam modelos de sandálias militares, chamado de caliga, com tiras presas nos pés e nos tornozelos.
No Brasil, as sandálias também já existiam antes mesmo da chegada dos portugueses, mas só se transformaram em um item de uso mais constante após o processo de colonização.
Com a Revolução Industrial, a produção de calçados, assim como a de tantos outros objetos, foi se tornando mais maciça e menos artesanal. De lá para cá, vários materiais foram acrescidos nessa produção, tornando os calçados mais maleáveis, confortáveis e ajustáveis aos nossos pés.
As rasteirinhas também foram sendo alteradas e, de modelos rústicos, feitos com couro de animais, elas passaram a ser produzidas com materiais mais sintéticos, ganhando novas cores e modelos.
Modelos de rasteirinhas
O nome rasteirinha abrange uma certa variedade de sandálias que têm em comum a ausência de salto, por conta disso é que leva esse nome. Conheça alguns modelos.
Fechados
São aqueles que deixam os pés menos à mostra, já que possuem mais revestimento, principalmente, na parte da frente do calçado. Quem é incomodado com o tamanho ou o formato dos pés, por exemplo, tende a gostar mais desses modelos.
Abertos
Deixam os pés totalmente à mostra. São modelos que podem ser em formato Y ou com tiras na frente, contendo, ou não, fechamento na parte de trás, mais indicados para lugares informais.
Gladiador
Inspirado nas sandálias usadas pelos romanos e gregos durante suas batalhas, a rasteirinha estilo gladiador é um modelo que reveste os pés com várias tiras, sendo fechado, o que dá mais segurança. Em alguns tipos, essas tiras vão até às canelas.
Metalizado
Para quem gosta de algo diferente, os modelos metalizados trazem um ar de elegância e beleza para as rasteirinhas. Sem falar que dão um charme todo especial aos pés de quem usa.
Com pedraria
De pedras pequenas ou grandes, colocadas na parte da frente ou na lateral das sandálias, os modelos de pedraria também fazem sucesso e conseguem atender tanto ao público mais básico, quanto quem gosta de chamar atenção.