Comprar uma casa própria ainda é o sonho de consumo de muitos consumidores brasileiros, e a forma mais acessível de realizar esse desejo é adquirindo um financiamento imobiliário. Com taxas baixas e prazos de pagamento extensos, é possível comprar apartamento sem apertar muito as contas mensais.
Se tratando de imóveis na planta, o consumidor começa a quitar a dívida ainda antes da entrega do bem imobiliário por parte da construtora. É importante saber que, nessa etapa, além da taxa de juros, as parcelas são corrigidas pelo INCC (Índice Nacional de Custo de Construção), que se baseia nos preços dos materiais de construção envolvidos na obra do imóvel em questão.
Confira o post abaixo para saber melhor sobre o INCC e como ele influencia no valor total da compra de um imóvel na planta!
Entenda melhor sobre o saldo devedor de um financiamento
Contratar um financiamento imobiliário para a comprar apartamento envolve um grande compromisso financeiro por parte do consumidor. Por se tratar de uma operação de um alto valor de dinheiro, é comum que a dívida chegue a vários anos de prestações — sendo essas o saldo devedor por parte do cliente.
Mesmo as parcelas sendo, geralmente, de baixo valor e com taxas de juros brandas — se comparadas a outras modalidades do mercado financeiro —, é preciso saber que ela possui índices de correção. Durante o período de obra do imóvel, por exemplo, é INCC quem corrige as prestações.
No entanto, uma vez que o apartamento está pronto e Habite-se já foi liberado, as parcelas passam a ser alteradas pelo IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado). A correção é feita de acordo com a situação do mercado imobiliário — baseando-se, essencialmente, na inflação do mesmo.
O que é o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC)?
Como o próprio nome sugere, o INCC é o índice de correção das parcelas de um financiamento imobiliário relacionado aos custos de construção do empreendimento. Tal tarifa é cobrada para que a incorporadora não arque sozinha com a inflação dos materiais utilizados durante a obra — para isso, reajusta-se de forma branda a prestação do financiamento.
O reajuste, inclusive, não é de hoje, sendo criado no longínquo ano de 1944. Atualmente, ele é calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que se baseia pelos reajustes mensais dos preços do ramo dos materiais de construção.
No entanto, algo importante a se ressaltar é o fato de que o INCC é cobrado apenas daqueles que escolherem comprar apartamento de forma financiada. Quem optar por quitar à vista a aquisição não precisa se preocupar com nenhum tipo de correção desse índice.
Como o INCC é calculado?
Para calcular o INCC, a FGV, inicialmente, realiza todo mês uma pesquisa em sete capitais do país: São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Brasília, Porto Alegre e Rio de Janeiro. Tal coleta de dados se dá em relação ao mercado dos materiais de construção e mão-de-obra.
Para definir o valor do INCC de um determinado mês, então, considera-se os resultados das pesquisas dos últimos dois meses. No geral, o índice não costuma ultrapassar 0,5% ao mês.
A influência do INCC nas prestações de um financiamento
Como dito acima, o INCC não costuma ser um componente muito pesado na prestação de um financiamento imobiliário. No entanto, entender a sua cobrança é importante para que o consumidor tenha conhecimento do que, exatamente, ele está pagando todo mês durante a obra do seu futuro apartamento.
Normalmente, a obra de um imóvel costuma demorar de dois a quatro anos — desde o lançamento do empreendimento até a saída do Habite-se, que permite a mudança dos compradores para o novo lar. Nesse tempo, o setor de construção é afetado pela inflação. Ou seja, o valor de um material ou determinada mão-de-obra no início da obra não será o mesmo quanto a entrega estiver próxima.
A partir disso, é possível concluir que, quanto mais cedo o consumidor efetuar a compra do imóvel, mais impostos relacionados ao INCC ele pagará à construtora. Por mais que seja uma tarifa pequena, é preciso considerá-la no planejamento financeiro.
