O Porto de Cabedelo, na Paraíba, vive dias turbulentos. E os agitos não vêm das ondas do mar. O transtorno tem sido causado pelas gestões da companhia docas local. As contas da Companhia estão bloqueadas judicialmente, além de ter sido registrado o descumprimento de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).
A novela vem sendo acompanhada de perto pelo Jornal da Paraíba, por meio de sua página "Blog do Helder Moura". O Departamento Jurídico da empresa confirmou o bloqueio no último dia 16 de maio e, desde então, vem acontecendo troca de farpas publicamente.
O ex-presidente da Companhia, Wagner Brekenfeld, é acusado pela atual gestão de ter celebrado um acordo judicial assumindo, segundo nota enviada ao Blog, “uma dívida impagável que pertencia à União de R$ 33 milhões”. Brekenfeld rebateu dizendo ter cumprido integralmente o TAC: “Não tivemos uma multa, contas bloqueadas e nem contas rejeitadas”.
A troca de farpas, por meio de notas enviada à publicação, pode ser conferida aqui na íntegra.
Nesta semana, surgiu uma outra celeuma, também decorrente do bloqueio judicial, conforme a página:
O Blog acaba de receber as cópias de um cheque salário que foi devolvido por insuficiência de fundos, em nome do Sindicato dos Operários dos Serviços do Porto de Cabedelo, no valor de R$ 76.840,28. Segundo os sindicalistas, “o que intriga é que, desde o dia 16, já foi depositado o salário de funcionários, inclusive dos diretores das Docas”.
“Por que pagar o mês de maio no dia 16 de maio e não pagar o processo judicial onde tem muitas viúvas lamentando na porta do Sindicato?” É a indagação que têm feito os sindicalistas. Eles acreditam que pode ter havido uma ação deliberada para que o cheque fosse devolvido, e denunciam que “desde que essa diretoria entrou nas Docas que tem havido esse tipo de coisa, inclusive assédio moral”.
Em nota emitida no final de semana, a direção das Docas afirma que, “no que se refere ao TAC, bem como ao bloqueio judicial, na mesma linha de trabalho e de transparência, informamos que o desfecho positivo dessa situação está bem perto de ocorrer, em razão da exitosa audiência solicitada por essa Companhia no Ministério Público do Trabalho.”
