Terça, 06 Mai 2025

Caros leitores,
Hoje, na continuidade do tema “fatores que influenciaram o comércio internacional”, abordaremos a rota entre Portugal e a Índia, denominada de Carreira das Índias.

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A principal consequência dos descobrimentos portugueses no século XVI foi estabelecer uma ligação anual entre Lisboa e os portos do Oriente, Goa, Cochim e Malaca. A Carreira da Índia tornou-se um elo fundamental no comércio de especiarias de Portugal com seu Império Asiático.

* As frotas dos tesouros chineses
* A alternativa portuguesa das rotas da seda e das especiarias

A nau foi o navio padrão da Carreira, sendo também utilizados galeões e fragatas (estas apenas no final do século XVII e no século XVIII), bem como outros tipos como a urca, a caravela redonda ou a naveta.

O tamanho ou capacidade das naus foi uma das características que mais variaram desde a viagem de Vasco da Gama, com 100 toneladas de média até 200 t a 300 t com Pedro Álvares Cabral e às 1000 t de 1518. A média durante os séculos de navegação é estimada entre 400 t a 600 t no século XVI e 800 t a 1000 t no século seguinte.

As tripulações podiam atingir até 200 homens, embora o número médio fosse de 120 a 150. No topo dessa hierarquia estava o capitão, que desempenhava funções essencialmente judiciais, militares e administrativas. Quem verdadeiramente governava e conduzia o navio era o piloto. Este era o posto de maior responsabilidade a bordo, cabendo-lhe traçar a rota com a ajuda dos regimentos, das cartas náuticas e da observação astronômica e escrever o diário de bordo. O elemento que se seguia nesta estrutura era o mestre. Cuidava da manobra dentro do navio, orientando e comandando tanto marinheiros como grumetes.


Selo de uma nau da Carreira das Índias na
comemoração dos 500 anos do Brasil

Além da condução da embarcação, a manutenção da nau era imprescindível, e para executá-la os seguintes postos eram ocupados por uma série de profissionais que se dividiam por atividades e funções bem distintas, desde o guardião a carpinteiros, calafetes ou tanoeiros.

Clique aqui para ler a segunda parte deste artigo.

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