Sábado, 23 Novembro 2024

Em vídeo enviado ao WebSummit Arco Norte, congresso digital do Portogente que discute uma logística mais ágil e eficiente do escoamento de carga pelos portos das regiões Norte e Nordeste, o diretor-presidente da Associação dos Terminais Portuários Privados (ATP), Murillo Barbosa, apontou o aumento da profundidade da Barra Norte do Rio Amazonas e a conclusão do asfaltamento da rodovia BR-163 como os principais desafios para melhorar a competitividade logística dos produtores de grãos, em especial os instalados no estado do Mato Grosso.

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Foto: Arthur Cabral Neto

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Historicamente, lembra Barbosa, a exportação da produção nacional de grãos era realizada por meio dos portos das regiões Sul e Sudeste, acarretando em expressivos custos logísticos e prejudicando a competitividade do agronegócio brasileiro, considerado um dos mais eficientes do mundo "da porta da fazenda para dentro". Desde então, destaca o comandante da ATP, terminais privados fizeram altos investimentos nas regiões de Tapajós, Itacoatiara, Barcarena e Vila do Conde. Esses aportes financeiros possibilitaram a formação de uma oferta portuária bastante razoável no Arco Norte.


As deficiências logísticas dos trajetos até estes terminais portuários, todavia, são evidentes e muito graves. Barbosa destacou, no âmbito terrestre, a necessidade de conclusão do asfaltamento da rodovia BR-163 e da implantação da Ferrogrão. O trecho ferroviário poderá cumprir um papel estruturante para o escoamento da produção de milho, soja e farelo de soja do estado do Mato Grosso, prevendo-se ainda o transporte de óleo de soja, fertilizantes, açúcar, etanol e derivados do petróleo até os portos do Arco Norte.

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Outra defesa da ATP é o aumento da profundidade da Barra Norte do Rio Amazonas, hoje limitada a 11,7 metros. "Para que um navio do tipo Panamax saia totalmente carregado precisamos de uma profundidade de pelo menos 13,3 metros para justificar novos investimentos dos associados". Neste sentido, diz Barbosa, estão sendo realizados estudos em parceria com a Marinha do Brasil e com a Secretaria Nacional de Portos, cujos indícios apontam que alcançar 12,5 metros é perfeitamente viável.

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